O Relatório Mundial da Felicidade de 2024 revelou que a Finlândia é o país mais feliz do mundo, enquanto o Afeganistão ocupa a última posição. O estudo leva em conta fatores como economia estável, apoio social, expectativa de vida e liberdade de escolha. Países com padrões elevados nesses quesitos proporcionam mais bem-estar aos cidadãos, tornando-os mais satisfeitos com a vida.
A relação entre felicidade e qualidade de vida é evidente. Quanto mais segurança econômica e estabilidade um país oferece, maior é a sensação de bem-estar de seus habitantes. A brasileira Thais Trindade, que já morou no Brasil, na Irlanda e em Portugal, destaca que a segurança e o acesso a boas opções de consumo influenciam diretamente na sua felicidade.
“Morar em um país turístico, com segurança e fácil acesso a produtos me faz sentir realizada e muito privilegiada”, afirma Thais.
O papel da cidade inteligente na felicidade
Cidades inteligentes têm um impacto direto na felicidade da população. Infraestrutura moderna, transporte eficiente, serviços públicos digitalizados e políticas ambientais sustentáveis aumentam o bem-estar coletivo. Em países com altos índices de felicidade, como os nórdicos, essas soluções são prioridade.
Portugal, onde Thais mora atualmente, tem adotado iniciativas para melhorar a qualidade de vida, mas ainda enfrenta desafios. “O sistema de saúde pública tem falhas, e o alto índice de imigração pressiona os valores de aluguel”, diz ela. Ainda assim, a segurança e a beleza do país compensam.
O Brasil e os desafios para aumentar a felicidade
O Brasil ainda precisa avançar em vários aspectos para proporcionar mais felicidade aos seus cidadãos. Thais percebe isso claramente ao comparar sua experiência em diferentes países. “Infelizmente, o Brasil tem pontos negativos como falta de segurança, preços exorbitantes e falhas na educação pública”, comenta.
A transformação digital nas cidades pode ser um caminho para melhorar esse cenário. A implementação de soluções tecnológicas na gestão urbana pode trazer mais segurança, eficiência nos serviços e transparência na administração pública, fatores que contribuem para o bem-estar social.
Felicidade também depende da cultura e do clima
Além da estrutura dos países, a cultura e até o clima influenciam na percepção de felicidade. A Irlanda, por exemplo, apesar de oferecer qualidade de vida, tem desafios. “A falta de sol e os aluguéis absurdamente caros eram pontos negativos para mim”, relata Thais.
Cada pessoa percebe a felicidade de maneira única, mas o ambiente ao redor tem grande peso. Em países mais desenvolvidos, a sensação de segurança e as oportunidades de lazer e trabalho fazem a diferença. No Brasil, investir em cidades inteligentes pode ser o caminho para garantir uma vida melhor para a população.