A capital do Paraná, Curitiba, é bastante lembrada por suas inovações urbanas e por ser uma das cidades mais inteligentes do Brasil. No entanto, a cidade também foi palco de crimes terríveis que abalaram profundamente sua população.
Entre 2020 e 2021, o caso de José Tiago Correia Soroka, conhecido como o Serial Killer de Curitiba, ganhou destaque nos noticiários por suas atrocidades cometidas contra jovens homossexuais. Esses crimes marcaram a história recente de Curitiba, trazendo à tona discussões sobre segurança e vulnerabilidade de minorias na cidade.
Soroka utilizava aplicativos de relacionamento para atrair suas vítimas, homens jovens, com quem ele marcava encontros em suas próprias casas. Ao chegar, ele os estrangulava com um golpe chamado “mata-leão” e os sufocava até a morte.
Entre abril e maio de 2021, ele matou três pessoas — um professor, um enfermeiro e um estudante de medicina. O assassino operava com frieza, sempre às terças-feiras, e revelou em depoimentos que tinha como objetivo matar um homem por semana.
O impacto dos crimes hediondos em Curitiba
Esses assassinatos em série não foram os únicos crimes que deixaram uma marca sombria na história de Curitiba. A cidade também enfrentou outros casos chocantes, como o do “Maníaco do Parque Barigui”, onde crimes violentos trouxeram medo para áreas urbanas que costumavam ser associadas ao lazer e à tranquilidade.
Esses eventos revelam a complexidade da segurança pública em grandes centros urbanos, mesmo em cidades inteligentes como Curitiba, que investem fortemente em tecnologia e planejamento.
Além do choque pela violência, os crimes de Soroka expuseram a vulnerabilidade da comunidade LGBTQIA+ no Brasil, destacando o papel da homofobia como motivação para seus atos. A brutalidade com que ele operava, aliada à forma metódica com que planejava os ataques, resultou em uma condenação de mais de 130 anos de prisão.
Mesmo com a captura e condenação de Soroka, os ecos desses crimes continuam a ser um alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes, especialmente na proteção de populações vulneráveis.
Reflexões sobre segurança e futuro
Enquanto Curitiba se esforça para consolidar sua imagem de cidade modelo em inovação, mobilidade e sustentabilidade, casos como o de Soroka lembram que a segurança e o bem-estar dos cidadãos também dependem de vigilância e proteção.
O uso de tecnologias avançadas, como câmeras de reconhecimento facial e monitoramento inteligente de crimes, já fazem parte do planejamento urbano da cidade. No entanto, é essencial que essas inovações sejam acompanhadas por esforços contínuos na educação, prevenção e integração social para que crimes horríveis como esses não se repitam.