Leolinda Daltro tem história marcante na política das mulheres e para educações indígenas no Brasil

por Grupo Editores Blog.

Leolinda de Figueiredo Daltro desenvolveu fundamental participação na trajetória de lutas por muitos anos, para que as mulheres conseguissem ter o direito de votar igual ao dos homens. Destacando nessa conquista, inclusive, o direito da mulher de votar e ser votada, para ocupar cargos políticos no Brasil. A professora também teve essencial contribuição na educação de tribos indígenas e na luta pela igualdade. A seguir, conheça sua história e as destacadas atuações. 

Presidente e fundadora de partido político

A professora Leolinda foi presidenta do Partido Republicano Feminino, que fundou em 1910. Após ter notado que era proibido às mulheres votarem, mas que não estava escrito, em lugar nenhum, que era proibido que criassem um partido. Ela é também um dos nomes mais importantes do movimento sufragista no país. As integrantes do partido de leolinda realizavam atividades para buscar igualdade de direitos, entre homens e mulheres.

Leolindo Daltro e sua atuação na educação indígena 

Leolinda lutou pela causa indígena e pela autonomia das mulheres no Século XIX. A professora ganhou notoriedade por reivindicar o direito dos índios e por acreditar em uma alfabetização laica, para integração dos indígenas na sociedade. Em 1896, iniciou um projeto, que tinha como objetivo, percorrer o interior do Brasil, para promover a alfabetização de tribos indígenas, sem conotações religiosas.

Ativismo político irreverente

Devido ao forte ativismo, a professora ficou conhecida, em 1909, como “a mulher do diabo”, por ser uma mulher desquitada, ativa politicamente, que estava presente em ambientes masculinos. Ela acreditava na transformação pela educação e lutava para garantir o direito das mulheres ao voto. Todas essas irreverências de Leolinda eram “mal vistas” por uma sociedade católica e patriarcal.

Luta pela igualdade

A educadora nasceu na Bahia, em 1859, viveu a maioria do tempo no Rio de Janeiro. Dedicou a sua vida para a transformação da sociedade patriarcal brasileira, por meio da educação e da luta pela igualdade. Ela exerceu o magistério em Goiás, onde trabalhou na catequese dos silvícolas. 

Primeira brasileira candidata às eleições municipais

Deolinda em 1916, apesar de não ter direitos políticos, apresentou um requerimento, solicitando direito ao voto feminino, sendo negado. Entretanto, abriu espaço para debate em relação ao tema. Em 1919, ela se lançou como a primeira brasileira candidata às eleições municipais. Em sua candidatura, defendia a diminuição das desigualdades, da miséria e a equiparação dos direitos civis.

Leolindo Daltro concorreu como deputada constituinte

Leolinda colaborou na campanha eleitoral para a presidência da República e fundou, em 1910, a Junta Feminina Pró-Hermes da Fonseca, cuja família era amiga, apesar de as mulheres não terem direito do voto. Com a vitória de seu candidato, continuou sua campanha, pela participação da mulher brasileira na política do país. Concorreu como candidata à constituinte no ano de 1933.

Enfrentou dificuldades e preconceitos

A professora teve que lutar contra o sistema machista, sem apoio algum, sofrendo com deboches, menosprezo e violência. Aos 74 anos, tentou uma vaga no Parlamento e sua candidatura, afirmava a luta de formar uma sociedade igualitária.

Leolindo Daltro faleceu em 1935, com 75 anos

Salientando que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em 2003, instituiu o Diploma Mulher Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro. São escolhidas, todo ano, dez mulheres para receber essa importante homenagem, por seu destaque na vida pública e na defesa dos direitos femininos.

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