Comunicação pública: quais os desafios encontrados nesse processo na gestão pública?

por Grupo Editores Blog.

 

Falar sobre comunicação pública é compreender, também, que a área representa o acesso dos cidadãos aos direitos sociais. Sendo assim, é um instrumento fundamental para consolidar a democracia em todo o país.

 

Os desafios que permeiam esse campo, no entanto, não são nada fáceis. Inserida no campo político, a comunicação pública precisa dialogar com as próprias jogadas políticas de quem está no poder.

 

Por exemplo, a imagem de um gestor é fator determinante dentro dos órgãos públicos. Em alguns casos, é tida como mais relevante, muitas vezes, até do que a política em si.

 

Ou seja, não é raro que o secretário de uma pasta ou um político eleito coloque a sua própria imagem como o grande ponto de destaque dentro da comunicação.

 

Embora essa estratégia faça com que a figura política se torne conhecida no local onde atua, impede que os cidadãos se apropriem das diversas políticas sociais, além de impossibilitar a transparência na gestão pública.

 

Comunicação pública como um princípio ético

 

Diversos estudiosos que atuam na área argumentam que a transparência e o compromisso com os cidadãos são pré-requisitos essenciais para o desenvolvimento da democracia.

 

Dessa forma, a comunicação política tem um papel preponderante, uma vez que reflete a divulgação dos serviços públicos. A frequência com que uma determinada pessoa consegue acessar esses serviços, por exemplo, irá determinar, em parte, a sua vulnerabilidade.

 

Quando determinado Governo coloca a área como prioridade, com a contratação de profissionais especializados, reafirma o seu compromisso ético e social.

 

Não basta informar, é preciso atender ao interesse público

 

Com a expansão das redes sociais e dos recursos tecnológicos, como a própria Internet, a transmissão de mensagens passou a ser algo rotineiro. Se antes os Governos tinham que criar jornais físicos e entregá-los até os indivíduos, as redes sociais facilitaram esse trabalho.

 

Hoje, é possível repassar conteúdos para os mais diversos locais, estejam os cidadãos no campo ou na cidade. Acontece que um dos desafios que permanece é a qualidade dos conteúdos repassados.

 

O jornalista Jorge Duarte, que atuou na comunicação do Governo Federal, explica que aumentar a potência e a quantidade de mensagens não é o suficiente, pois o que falta é uma cultura da comunicação pública que tenha como objetivo o diálogo com a sociedade e o interesse público.

 

Como vencer os desafios e melhorar a comunicação pública?

 

O caminho para melhorias e maior participação dos cidadãos nesse processo envolve os profissionais que atuam na área de comunicação pública e demais servidores.

 

Seja nos municípios, nos estados ou, até mesmo, no âmbito federal, é comum que as pessoas que operam no ramo não sejam concursadas, principalmente as que ocupam as assessorias de comunicação dos órgãos públicos. A falta de especialização também faz parte da realidade.

 

Essas táticas geram rotatividade nos ambientes e impede, como mencionado, o desenvolvimento de uma cultura do interesse público. Apesar disso, o profissional que trabalha órgão tem o compromisso ético de facilitar a informação, para que essa seja, também, uma forma de acesso às políticas.

 

Por isso, mais do que a figura do gestor ou as jogadas políticas envolvidas, o que está em jogo é a transparência e o poder público. Afinal, se o servidor age para atender interesses políticos, no fundo quem responderá pelo ato é o próprio Estado.

 

Fonte: Editores Blog.

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