Mais pessoas solitárias no mundo trazem desafios para economia mundial

por Grupo Editores Blog.

Os dados da pesquisa sobre solidão em diversos países são impressionantes. No Brasil, 15% dos entrevistados afirmaram ser sozinhos. O percentual de solidão é o mesmo para homens e mulheres. Estudo realizado pelo Instituto Gallup e a Meta, dona de WhatsApp, Facebook e Instagram, mostrou que 24% da população mundial se declara muito ou razoavelmente sozinhos. 

Muitas pessoas solitárias exigem novos investimentos da empresas

A pesquisa foi realizada em 142 países, o que representa cerca de 1 bilhão de pessoas. Esse novo contexto, de tanta gente sozinha no mundo, desperta forte interesse e investimentos na economia, que buscam adaptar modelos de negócios, para atender esses segmentos da chamada “economia da solidão”, caracterizado por esse perfil, espalhados em vários países. Destacados e novos investimentos ocorrem, especialmente da indústria de tecnologia, alimentação, entretenimento e serviços.

Mercado está atento e busca encontrar soluções para aumentar consumo

O mercado, por sua vez, está de olho nesse público e visa encontrar soluções para apaziguar esse sentimento de solidão, e claro, lucrar. Embora, os estudos relatam que, quem costuma sair sem companhia, economiza mais dinheiro e tem mais facilidade, para tomar decisões de consumo. Em grupos, há a tendência a consumir mais, porque há pressão social. Portanto, na economia da solidão: solitários consomem menos.

Empresas geram investimentos e criam cenário para faturar com esse público

Experiências realizadas no Reino Unido, pelo serviço Open Table, de reservas de mesas em restaurantes, registrou aumento de 160% nos pedidos para mesas individuais na última década. Adicionalmente, no Brasil, em outros diferentes países o Uber incluiu a opção de viajar em silêncio, com o motorista alertado para não puxar conversa. Contudo, para quem se sente sozinho, aparelhos para a casa como Alexa e Siri são capazes de manter conversas apenas superficiais, responder perguntas e dar “bom dia”.

Existe uma ampla crise global de solidão, que afeta nossa sociedade   

Para a economista britânica Noreena Herz especialista no assunto, “as pesquisas mostram que vivemos uma crise global de solidão. “Os números mostram que um em cada cinco nascidos entre 1980 e 2000, não tem um único amigo”. Para ela isso levou a propor uma definição abrangente sobre solidão. Desse modo, “não se trata apenas de se sentir isolado existencialmente, sem relacionamentos próximos, mas de um estado de desconexão com os demais cidadãos, que não se limita à esfera afetiva, é também social e política”, afirmou. 

Pessoas solitárias, em número maior após pandemia, chama a atenção da OMS

Os números apresentados sobre a solidão das pessoas no mundo foram impactados pela falta de convivência em espaços públicos e agravada após a pandemia de Covid-19. O tema, inclusive, desperta atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) que criou no fim de 2023 uma Comissão Internacional para Conexão Social. Além disso, a OMS classificou a solidão como prioridade na saúde pública, devido aos impactos que causa no corpo e na mente das pessoas de qualquer lugar do mundo. 

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