Bike elétrica, patinete e transporte sob demanda: o que funciona de verdade nas cidades inteligentes

por Grupo Editores Blog.

As cidades inteligentes buscam soluções práticas, sustentáveis e acessíveis para a mobilidade urbana. Diante disso, bicicletas elétricas, patinetes e serviços de transporte sob demanda têm ganhado destaque em diversos países. Mas quais desses modelos realmente funcionam quando se trata de melhorar o trânsito, reduzir poluição e garantir acesso ao transporte?

Na Europa, iniciativas voltadas à mobilidade sustentável mostram que não existe solução única. O transporte se adapta ao tamanho da cidade, à cultura local e à infraestrutura urbana. Estudos da União Europeia apontam que, em cidades inteligentes como Copenhague, Paris e Amsterdã, a bicicleta elétrica vem se consolidando como um meio de transporte eficiente e popular, com até 49% dos deslocamentos feitos de bike em horários de pico.

Bicicleta elétrica lidera em cidades bem planejadas

Copenhague é considerada uma referência mundial no uso de bikes, com 62% da população usando bicicleta para ir ao trabalho ou escola. A maioria desses usuários já migrou para a bicicleta elétrica, que permite trajetos mais longos com menos esforço. O investimento em ciclovias seguras e pontos de recarga fez toda a diferença. Para as cidades brasileiras que buscam se tornar inteligentes, seguir esse exemplo pode trazer bons resultados.

Patinete elétrico ainda enfrenta muitos desafios

O patinete elétrico teve um crescimento rápido entre 2018 e 2020, especialmente em Paris e Madri. No entanto, uma pesquisa da consultoria McKinsey mostrou que o uso caiu 40% após a pandemia. Em 2023, Paris foi a primeira capital europeia a banir os patinetes de aluguel. Os motivos incluem acidentes, falta de regulamentação e uso desordenado nas calçadas. O patinete ainda pode funcionar em cidades menores ou para trajetos curtos, mas depende de regras claras e fiscalização constante.

Transporte sob demanda avança com apoio da tecnologia

Serviços de transporte sob demanda, como vans e ônibus que ajustam as rotas conforme a necessidade dos usuários, estão em alta em cidades inteligentes. Helsinki, na Finlândia, implantou o sistema “Whim”, que integra ônibus, trens, táxis e bicicletas em um só aplicativo. O usuário paga uma assinatura mensal e escolhe o melhor meio para cada trajeto. Segundo o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, esse modelo reduziu em 25% o uso de carros particulares em dois anos.

Integração é o segredo para o transporte inteligente

Em vez de apostar em uma única solução, as cidades europeias mostram que o transporte deve ser integrado. A bicicleta elétrica é ideal para médias distâncias, o patinete serve para o “último quilômetro” e o transporte sob demanda atende regiões com menos oferta de linhas regulares. Cidades inteligentes combinam essas opções e usam dados em tempo real para ajustar a oferta.

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