Siconfi e MSC são produtos gerados pelo processo de padronização da contabilidade aplicada ao setor público no Brasil.

por Grupo Editores Blog.

No próximo ano será colocado em prática um dos projetos pertencentes ao processo de padronização da contabilidade aplicada ao setor público no Brasil, a Matriz de Saldos Contábeis – MSC no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – Siconfi.

 

O Siconfi é o sistema desenvolvido pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO, cujo objetivo é se tornar o mais importante canal de intercâmbio de informações fiscais, contábeis e financeiras entre a União e os demais entes da Federação. Substituiu o antigo sistema SISTN, propiciando à Federação uma eficiente ferramenta de recebimento de informações geradas pelas unidades federativas, com ganhos significativos de transparência pública. O Siconfi utiliza a linguagem computacional padrão XBRL para padronizar, classificar e intercambiar as informações recebidas.

 

Esse sistema viabiliza à STN o recebimento da MSC dos diversos entes da federação (União, DF, Estados e Municípios). Muitos estão, neste ano, em processo de testes. O envio de MSC em 2018 passará a ser obrigatório para Estados, DF, Capitais e Municípios que possuem RPPS, isso conforme Portaria MF 333/2018, que alterou a Portaria MPS 204/2008. Já os Municípios que não possuem RPPS a obrigação será para 2019.

 

Os Municípios paulistas, por exemplo de Ribeirão Preto,  já estão acostumados a enviarem uma MSC ao TCE-SP, por meio da AUDESP. No caso, a STN receberá a MSC dos municípios pelo Siconfi, que terá dois tipos de recebimento do arquivo, por XBRL ou CSV. Nesta versão de MSC, com menos informações que a da AUDESP, serão recebidos dados que possibilitarão a construção dos relatórios regulares (RREO, RGF e DCA) enviados à STN.

 

Além disso, a STN oferecerá dados mais granulares aos diversos interessados, como: TCE’s, entidades de governo e de pesquisas, também, sociedade. Isso com a possibilidade de serem comparados, pois as informações estarão detalhadas em um mesmo padrão de classificação, tanto as contas contábeis, quanto as tabelas de classificação orçamentária.

 

Assim, pretende-se alcançar um dos grandes objetivos do processo de padronização das informações contábeis do setor público, que é possuir informações confiáveis e comparáveis.

 

Autor: Rodrigo Pereira Neves

Auditor Federal de Finanças e Controle – STN

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