Inteligência artificial na América Latina: como o Chile superou o Brasil

por Grupo Editores Blog.

A inteligência artificial (IA) está revolucionando o cenário global, trazendo transformações profundas em setores essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Na América Latina, essa tecnologia vem ganhando destaque à medida que países investem em IA para impulsionar o desenvolvimento em diversas áreas.

No entanto, a região ainda enfrenta desafios para competir no cenário global. Nesse contexto, o Chile se destaca como líder em IA na América Latina, superando até mesmo o Brasil. De acordo com o Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial (ILIA 2024), o Chile ocupa o primeiro lugar. A pesquisa foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Inteligência Artificial (Cenia) em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O estudo avalia os países da região em termos de infraestrutura, formação de talentos e políticas de governança em IA. Fatores cruciais para o avanço de uma economia digital eficiente e inclusiva.

Medidas e estratégias do Chile para a liderança 

O Chile lidera o índice com 73,07 pontos em uma escala de 100, mostrando-se o país mais preparado para IA. A liderança do país não é um acaso; ela resulta de investimentos robustos em infraestrutura tecnológica, garantindo conectividade e processamento de dados em larga escala. Esses recursos são fundamentais para a implementação de inteligência artificial em várias áreas. Ademais, eles asseguram que as demandas crescentes da tecnologia serão suportadas.

O país também tem priorizado a formação de talentos especializados. Universidades e centros de pesquisa incentivam a criação de competências em IA e ciência de dados. Dessa forma, o país constrói uma base sólida de profissionais qualificados para o mercado.

Políticas de governança e o avanço da inteligência artificial

Outro ponto que coloca o Chile à frente são suas políticas de governança para IA. O governo chileno implementou diretrizes para o uso ético e seguro da tecnologia. Portanto, o país oferece um ambiente favorável para o desenvolvimento de novas aplicações. Essas políticas garantem que a IA seja utilizada de forma responsável e evita a ampliação de desigualdades.

Em contraste, outros países latino-americanos ainda carecem de regulamentações específicas e de uma estrutura governamental voltada para IA.

O papel do Brasil e outros países no cenário de inteligência artificial

O Brasil, com 69,30 pontos, ocupa o segundo lugar no ILIA 2024, logo à frente do Uruguai, que marcou 64,98 pontos. Embora o Brasil invista em pesquisa e desenvolvimento de IA, ele ainda enfrenta desafios. A governança não é tão robusta quanto a do Chile, e a infraestrutura precisa melhorar. Além disso, o país encontra dificuldades na retenção de talentos, já que muitos especialistas preferem mercados mais avançados tecnologicamente.

Em terceiro lugar, o Uruguai se destaca pela adoção de IA, especialmente na governança. Ele atrai e retém profissionais qualificados. Esses países mostram que a América Latina está se preparando para o futuro da IA. Assim, a região tem potencial para oferecer soluções tecnológicas inovadoras, atendendo às demandas locais e globais.

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