Florianópolis é a capital das startups e está à frente de outras cidades no setor tech

por Grupo Editores Blog.

Florianópolis, além de ser conhecida por suas praias e belezas naturais, destaca-se como um dos maiores polos de inovação tecnológica do Brasil. Não há outra cidade no país com tantas empresas de tecnologia por habitante como lá. São 7,4 negócios tech para cada mil pessoas, superando cidades maiores como São Paulo e Curitiba. 

Esse número expressivo levou a capital de Santa Catarina a ser oficialmente reconhecida, por decreto presidencial, como a Capital Nacional das Startups. O movimento não surgiu da noite para o dia: começou há décadas, com investimentos na área digital e na educação, com as universidades locais desempenhando um papel central nesse crescimento.

O ambiente de negócios em Florianópolis é altamente propício para o desenvolvimento de startups. Com uma série de incentivos fiscais, programas de apoio ao empreendedorismo e redução de impostos, a cidade facilita o acesso ao crédito e ao capital para novos negócios. 

O que é uma startup?

A palavra “startup” é bastante comum hoje em dia, mas muitas vezes é usada de maneira equivocada. Em resumo, uma startup é uma empresa jovem, em fase inicial, que busca desenvolver um modelo de negócios escalável e repetível. Elas geralmente são caracterizadas por operar em cenários de incerteza e possuem um forte foco em inovação, seja em termos de produto, serviço ou modelo de negócio.

Em Florianópolis, a maioria dessas empresas está ligada ao setor de tecnologia, mas isso não significa que toda empresa de tecnologia seja uma startup. Um diferencial importante é o estágio da empresa: startups estão em fase de desenvolvimento e crescimento, buscando escalar rapidamente. Já uma empresa de tecnologia mais consolidada pode não ser mais considerada uma startup, mesmo que continue inovando e atuando no mesmo setor.

Papel das universidades em Florianópolis

Parte do sucesso de Florianópolis como polo de inovação está diretamente ligada ao papel das universidades locais. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Udesc e o IFSC têm contribuído há décadas para a formação de mão de obra qualificada na área tecnológica. 

Esses centros de ensino superior foram fundamentais para impulsionar o desenvolvimento da cidade na década de 1980, quando os primeiros investimentos no setor digital começaram a ganhar forma. Desde então, a cultura local passou a valorizar cada vez mais a educação e o desenvolvimento de novas tecnologias.

Além da formação acadêmica, essas instituições foram essenciais para criar uma base sólida para o crescimento do ecossistema de startups. 

Com o apoio de organizações como a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e a Fundação Certi, a cidade viu a criação de diversos cursos e eventos voltados para a área de tecnologia, muitos deles gratuitos, que incentivam o empreendedorismo e preparam a mão de obra para os desafios do setor.

A Ilha do Silício brasileira

A transformação de Florianópolis na “Ilha do Silício” é resultado de um esforço conjunto entre a iniciativa privada, as universidades e o governo. O apelido faz alusão ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, que é conhecido por ser o berço de grandes empresas de tecnologia, como Google e Facebook. Embora a comparação seja ambiciosa, Florianópolis tem mostrado que o caminho da inovação tecnológica pode ser trilhado com sucesso no Brasil.

Atualmente, mais de 32 mil pessoas trabalham no setor de tecnologia na cidade. O ambiente de negócios favorável, combinado com uma qualidade de vida que poucas cidades brasileiras oferecem, faz de Florianópolis um destino atraente não só para empreendedores, mas também para profissionais altamente qualificados em busca de novas oportunidades.

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