Saiba como uma cidade pode se modernizar com o uso do blockchain.
Você já ouviu falar em blockchain? Como o próprio nome sugere, trata-se de uma rede de blocos encadeados que armazenam e provam as transações financeiras realizadas na rede.
Considerado a inovação tecnológica do bitcoin e conhecido como “mineração de criptomoedas” – por evitar que dados sejam adulterados ou copiados –, o blockchain pode ser aplicado em várias áreas, ajudando a desburocratizar operações.
Essa ferramenta vem trazendo resultados importantes, por exemplo, na gestão pública de muitos países. Por oferecer segurança e transparência, ela tem sido aplicada para modernizar a administração pública e facilitar a vida do cidadão.
No Brasil, em 2017, o < a href=“https://www.serpro.gov.br/menu/noticias/noticias-2017/como-utilizar-a-tecnologia-blockchain-no-governo>Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) criou a primeira plataforma blockchain para o Governo Federal. O objetivo é garantir segurança e confiabilidade na realização de serviços públicos.
Agilidade e transparência
O blockchain ainda é novo no país. Por isso, poucas prefeituras já estão explorando essa ferramenta na gestão dos municípios. Um dos benefícios que esse software proporciona é a verificação e consolidação de informações diretamente relacionadas ao cidadão.
Além de permitir a verificação de dados (custos) relacionados a transações, processos e licenças, por exemplo, o blockchain viabiliza a movimentação de ativos com transparência, sem a necessidade da participação de um banco.
Vários tópicos de interesse público são registrados nesse sistema e disponibilizados para consulta por qualquer pessoa. Essa abertura impede que fraudes e outras irregularidades passem despercebidas. Os benefícios do blockchain ultrapassam os assuntos financeiros. Com ele, é possível também fornecer informações que facilitem a vida prática das pessoas no dia a dia.
Exemplo disso é a iniciativa da prefeitura de Teresina, no Piauí, que até recebeu investimento internacional para ser colocada em prática. A tecnologia passou a ser usada na gestão do transporte público, agrupando dados relacionados ao transporte coletivo.
Isso mostra que a tecnologia de fato pode ser usada para tornar uma cidade mais inteligente e sustentável. Aliás, essa tem sido uma preocupação cada vez mais evidente entre países desenvolvidos.
No caso da proposta da prefeitura de Teresina, a conclusão é: quanto mais pessoas estiverem satisfeitas com o sistema público de transporte, menos carros circularão pelas ruas e, assim, menos poluentes serão emitidos na atmosfera.
Outro exemplo interessante é o de São Paulo. Em 2017, a startup Plataforma Verde criou e doou para a prefeitura do município o CTR-E, projeto que utiliza blockchain para fiscalizar e rastrear informações de resíduos produzidos na cidade.
O software acompanha os entes envolvidos em todas as etapas do caminho do lixo, com controle e transparência. O CTR-E detecta quando acontecem irregularidades, como a destinação incorreta de materiais.
Estima-se que a prefeitura de São Paulo reduza anualmente R$ 130 milhões em gastos com papéis, burocracia e fiscalização. Além de transparência e segurança, o blockchain apresenta-se como uma ferramenta de responsabilidade social e ambiental.
O blockchain surgiu como uma inovação em relação ao bitcoin, superando algumas de suas falhas. As vantagens da aplicação dessa tecnologia são reais. Investir nela para a melhoria da gestão pública pode representar um importante avanço.
FONTES: Editores do Blog.
Referências:
https://tecnoblog.net/227293/como-funciona-blockchain-bitcoin/
https://tecnoblog.net/262974/o-que-e-bitcoin/
https://wiki.redejuntos.org.br/busca/blockchain-na-gestao-publica-como-implementar-blockchain-em-eleicoes-certificados-digitais-e