Aplicação da Arquitetura Blockchain na Gestão de Resíduos Sólidos em um Município de Pequeno Porte

por Grupo Editores Blog.

 

 

Segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), o Brasil produz mais de 78 milhões de toneladas de lixo anualmente.

 

Menos da metade (40,9%) desse total é descartado corretamente. Isso ocorre por diversos fatores, sendo um dos principais, a falta de informação.

 

A questão do lixo no país ainda é um desafio para os brasileiros. Sem a educação e informação necessárias as ruas estão cada vez mais sujas.

 

O descarte inadequado do lixo pode gerar diversos malefícios para o meio ambiente e para a população em geral. As enchentes e a poluição dos rios são os acontecimentos mais frequentes.

 

O sistema de blockchain, relacionado com a internet e outras tecnologias digitais traz a proposta de auxiliar o país a reduzir impactos no meio ambiente e reciclar mais.

 

Entenda o que é blockchain

 

Este termo vem crescendo cada vez mais, principalmente no mundo das finanças. Por ser um assunto difícil e de pouco entendimento, gera diversas dúvidas.

 

O blockchain uniu o universo da tecnologia com as finanças, seu conceito surgiu em 2008 no artigo acadêmico ‘’Bitcoin: um sistema financeiro eletrônico peer to peer’’, autoral de Satoshi Nakamoto.

 

No material, a blockchain é denominada como ‘’uma rede que marca o tempo das transações, colocando-as em uma cadeia contínua no ‘hash’, formando um registro que não pode ser alterado sem refazer todo o trabalho’’.

 

A princípio, a tecnologia existiu para que a criptomoeda, bitcoin pudesse existir, mas suas possibilidades de uso vão muito além dessa função.

 

Saiba como essa tecnologia funciona

 

Basicamente, o blockchain é formado por diversos blocos de informações encadeados que formam sequências. A fórmula deste algoritmo é fazer com que o hash fique fácil em sua validação.

 

Estes mecanismos tiram o incentivo de fraude, já que, é extremamente trabalhoso encontrar a forma correta para cada novo bloco.

 

Sendo assim, cada bloco fora do padrão é facilmente detectado pelos outros. Dessa maneira, atingir o blockchain é valioso, enquanto defender os dados se torna uma opção barata.

 

Vale ressaltar que esse mecanismo é interligado por computadores ponto-a-ponto. Ou seja, mesmo que um usuário se desconecte da máquina, o blockchain vai funcionar normalmente.

 

Sistema dos resíduos sólidos municipais

 

No ano de 2017, foi implantado, em um município no interior do Estado de São Paulo um sistema de gestão dos resíduos sólidos domésticos.

 

O sistema funciona dessa maneira: as famílias com baixa renda separam os resíduos domésticos (alumínio, plástico e papelão). Então, o morador precisa levar esses resíduos até um posto da Prefeitura, onde será trocado pelas Moedas Verdes.

 

Sendo assim, o cidadão poderá usar esse cartão para trocar por material escolar e alimentos. Já os comerciantes credenciados, poderá apresentar a Prefeitura o recolhimento do mês com as trocas e receber o valor em espécie.

 

A Prefeitura venderá os resíduos para possíveis empresas compradoras desses materiais recicláveis, para então encerrar o ciclo.

 

Este projeto de atuação foi premiado internacionalmente, sendo capaz e altamente necessário o seu acontecimento para outros municípios do Brasil.

 

Outras possibilidades

 

Exibem-se, aspectos do sistema:

• O cidadão se descolaria até o Ponto de Coleta e leva seus resíduos recicláveis para a venda. Então, impressa, recebe suas moedas verdes. Sendo assim, a quantidade de moedas recebidas equivale a quantidade de resíduos levados.

 

• A população em propriedade de sua Moeda Verde, se dirigirá até os comércios cadastrados (supermercado, mercearia, padaria, farmácia) e compra seus produtos.

 

• Uma recicladora da região, a cada determinado dias, vem ao município e compra os resíduos coletados, gerando o pagamento em reais.

 

O sistema se utilizaria de cartões plastificados, impressos em gráficas locais, não tendo especificação de garantia de integridade, associando-os a itens de segurança antifraude.

 

O uso de criptomoedas com o suporte de blockchain, para os gestores municipais, se resultará em uma relevante inovação para o sistema.

 

Deverá aumentar significativamente, principalmente os números dos coletores, garantindo assim a integridade da circulação das criptomoedas.

 

Apenas 3,14% da população se envolveu com o sistema manual. Baseado em blockchain, a implantação do novo sistema, deverá ter um crescente sólida.

 

O objetivo desse novo sistema é proporcionar um ganho de escala, por meio da informatização desse processo com a garantia da autenticidade da moeda.

 

O uso da arquitetura do blockchain

 

• Protegendo coletores de resíduos, municipalidade e comerciantes, garantindo a integridade das informações do sistema.

 

• Melhorias na sustentabilidade do município, suportando o ganho da escala operacional, aumentando significativamente a quantidade dos resíduos sólidos.

 

• Permitir a reprodução desse mesmo modelo para outros municípios do estado e do Brasil, adotando os mesmos princípios.

 

• Contabilizando os resultados obtidos gerado por meio de dados auditáveis e confiáveis, e indicando os desempenhos do novo sistema.

 

Esse novo sistema de blockchain deve trazer resultados significantes de acordo com a percepção de gestores envolvidos. Integridade dos dados e das moedas verdes é um dos principais recursos.

 

Fonte: Grupo Editores do Blog.

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