O conceito de saúde obtém significados diferentes para pessoas e países. Muitos fatores influenciam sobre a compreensão e importância do assunto. É de vital importância saber de que forma essa saúde ou a falta dela impacta nossas vidas. Entre os principais pontos influenciadores dos resultados para obter a saúde, destacamos lugar, classe social, condições climáticas, época, valores individuais, concepções científicas, religiosas e filosóficas das pessoas, etc…
Historicamente estudos mostram evoluções das experiências humanas, com os temas de saúde e prevenção de doenças ao redor do mundo. O desafio é ampliar o entendimento sobre esses essenciais temas, para efetivar melhorias na sociedade. Também é fundamental compreender as interfaces que interagem, dificultando a obtenção de uma saúde mais plena nos países.
Tudo isso relacionado ao tema foi pesquisado, visando obter indicadores sobre saúde física, mental, social e espiritual em 19 países. A pesquisa do McKinsey Health Institute, você acompanha nessa matéria de forma detalhada.
Os resultados da pesquisa também mostraram que sentir-se saudável não se restringe à ausência ou presença de doença, o que indica que as pessoas do mundo todo podem se concentrar mais em como viver uma vida plena e funcional à sua própria maneira.
Saúde tem conceito amplo nas diversas dimensões existenciais
Depois da Segunda Guerra Mundial foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde OMS, em 7/4/1948. Com isso, veio o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção, com o conceito: “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”.
Fatores importantes que interferem na saúde das pessoas e nos países
Marc Lalonde, em 1974, titular do Ministério da Saúde e do Bem-estar do Canadá define saúde nas seguintes abrangências:
– Biologia humana: considera herança genética e processos biológicos inerentes à vida, incluindo fatores de envelhecimento;
– Meio ambiente: referente ao solo, a água, o ar, a moradia, o local de trabalho;
– Estilo de vida, do qual resultam decisões que afetam a saúde; e
– Organização da assistência à saúde: assistência médica, serviços ambulatoriais e hospitalares e medicamentos.
Países que enxergam amplamente a saúde obtêm melhores resultados
O McKinsey Health Institute (MHI) mostrou que alguns países e sociedades tiveram melhores resultados e se beneficiariam da adoção de um referencial holístico e modernizado de saúde. Isso significa que esses locais tiveram um olhar amplo sobre o tema saúde nas múltiplas dimensões existenciais.
Entrevistados observam de forma ampla o conceito de saúde
O MHI realizou uma pesquisa global em 2022, com cerca de mil entrevistados por país, para entender como as comunidades do mundo todo definem a saúde. Também pesquisou quais fatores elas acreditam que a influenciam. Nos aspectos gerais, os entrevistados valorizam todas as quatro dimensões da saúde – física, mental, social e espiritual. Dessa forma, adotando uma visão muito mais ampla do que os sistemas de saúde dos países onde vivem.
Diferenças de percepção da saúde conforme realidades dos países
De outro modo, os resultados da pesquisa revelaram diferenças significativas nas opiniões e necessidades individuais e no apoio recebido por cada indivíduo, de acordo com seu país, gênero, idade ou renda. Por exemplo, embora mais de 70% dos entrevistados tenham avaliado sua saúde geral como boa ou muito boa, essa porcentagem varia de cerca de 30% no Japão, a cerca de 90% na Nigéria. Menos de 7% dos entrevistados avaliaram sua saúde como precária ou muito precária.
Destacados alguns principais indicadores da pesquisa
Importante salientar que aproximadamente 85% dos entrevistados classificaram a saúde mental e física como muito importantes ou extremamente importantes. 70% e 62%, respectivamente, usaram essas duas classificações para descrever a importância atribuída à saúde social e espiritual.
Ter propósito na vida ajuda a obter saúde
Outro fator importante mostra que estudos recentes, reforçam a importância da saúde social e da espiritual. Revelam que a solidão e o isolamento social estão associados a riscos maiores de infarto e derrame. De outra maneira, a pesquisa mostra que há uma relação entre pessoas que tem um propósito maior na vida, com um risco menor de derrame.
Saúde espiritual também foi avaliada
Parcela menor de entrevistados de países com renda mais alta classificam saúde espiritual como muito importante ou extremamente importante, em comparação com os de países com renda mediana e mais baixa. As posturas referentes à importância da saúde espiritual apresentaram a maior variação.
Entrevistados mais jovens e mais velhos apontaram a saúde física e a mental como importantes, enquanto a saúde social e a espiritual foram classificadas como menos importantes pelos entrevistados mais velhos.
Relação entre saúde e doença
Dados mostram que 40% dos entrevistados que relataram ter uma doença consideravam, mesmo assim, sua saúde boa ou muito boa. De outro modo, mais de 20% dos indivíduos que não relataram nenhuma doença declararam estar com a saúde razoável, precária ou muito precária. Além disso, por volta de 25% dos entrevistados que relataram ter uma doença física consideravam que sua capacidade de realizar tarefas físicas era alta.
Esses dados geram duas hipóteses que merecem uma investigação mais aprofundada. Primeiramente, as pessoas nem sempre se definem ou se sentem limitadas por suas doenças. Em segundo lugar, as pessoas podem estar mais focadas em viver a vida de acordo com o que é importante para elas, por exemplo, realizar tarefas que fazem sentido para elas.
Relação da idade das pessoas com saúde
Outras informações destacadas sobre a idade dos entrevistados. Pessoas com 18 a 24 anos, 70% relataram saúde geral boa ou muito boa, cifra que ficou em torno de 60% na faixa etária de 75 a 84 anos.
As faixas etárias superiores registraram pontuações mais altas do que as faixas inferiores em algumas dimensões da saúde, com destaque para a saúde mental. Em 15 dos 19 países, os entrevistados com mais de 65 anos avaliaram sua saúde mental como boa ou muito boa em proporção maior do que os da faixa etária de menos de 24 anos.