Veja os primeiros detalhes de como será a “cidade inteligente” do Google no Canadá.

por Grupo Editores Blog.

 

Aos poucos, são divulgados mais detalhes de uma das mais ambiciosas iniciativas da dona do Google, a Alphabet: um bairro planejado dentro de Toronto, no Canadá, que servirá como modelo de “smart city”, desenvolvido em parceria com a Waterfront Toronto, entidade formada por autoridades municipais, estaduais e federais canadenses.

 

Em agosto passado, algumas características foram reveladas, como a predominância de estruturas altas de madeira e uma estimativa de 3 mil habitações.

 

Agora, no entanto, foram divulgadas as primeiras projeções gráficas do novo bairro. As imagens mostram, como prometido, um ambiente repleto de prédios de madeira, uma das ideias para dar um caráter sustentável ao empreendimento.

 

As grandes construções de madeira têm estado no foco de construtoras e escritórios de arquitetura. Menor emissão de carbono e o fato do recurso natural ser renovável a partir do reflorestamento tornam o material indicado – além de dar um ar bucólico aos prédios.

 

Outro detalhe envolvendo as construções é seu caráter modular: construídas com blocos hexagonais, alguma delas poderão ser adaptadas para diferentes usos conforme a necessidade.

 

A sustentabilidade está presente também no uso de energia. Painéis fotovoltaicos estarão espalhados por todo o espaço, assim como a captação de energia geotérmica – a partir do calor no interior da terra. Há também a expectativa de que 80% do lixo seja aproveitado, seja na forma de reciclagem ou de compostagem no caso dos rejeitos orgânicos.

 

Para evitar a superlotação de caminhões e motoqueiros, a Sidewalk, empresa da Alphabet responsável pelo projeto, planeja também uma rede de túneis subterrâneos para a realização de entregas e transporte de materiais. Ao menos para encomendas pequenas, a expectativa é otimizar a logística dessa forma, inclusive utilizando robôs para tanto.

 

No lado tecnológico, fibra óptica e wi-fi em velocidade 5G são outras promessas – apesar da quinta geração da internet móvel ainda não estar implantada e ser alvo de disputa entre China e Estados Unidos.

 

É nesse aspecto, também, que está a maior polêmica do projeto de Quayside, que já fez com que alguns desenvolvedores deixassem a iniciativa: a coleta de dados.

 

A doutora Ann Ann Cavoukian se demitiu em outubro passado alegandoque, diferentemente do que foi prometido inicialmente, as informações coletadas dos ocupantes do bairro inteligente não seriam anônimas. Segundo ela, há a intenção de que os dados sejam identificáveis e disponibilizados para terceiros, que poderiam explorá-los comercialmente.

 

É bom notar que, apesar das projeções indicarem o rumo do projeto, o caráter definitivo  ainda não foi aprovado pela Alphabet, e muito menos pelas autoridades regulatórias de Toronto e do Canadá.

 

Fonte: Época Negócios.

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