De acordo com o diretor geral do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), Elkin Velásquez, reduzir as desigualdades nos centros urbanos é um grande desafio.
Em entrevista à emissora do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais foram discutidos alguns temas, por exemplo, as desigualdades nas cidades e quais os objetivos do desenvolvimento sustentável.
Construção de Cidades mais equitativas: políticas públicas para a inclusão na América Latina
Na entrevista concedida pelo diretor-geral da ONU-Habitat, Elkin Velásquez, foram discutidos assuntos referentes ao relatório Construção de Cidade mais equitativas: políticas públicas para a inclusão na América Latina. De modo que, ao ser questionado sobre os resultados mais pertinentes deste relatório, Elkin listou três pontos.
O primeiro é referente ao crescimento da desigualdade urbana nos últimos 20 anos na América Latina. Esse problema se revela de diversas formas restringindo o alcance de bens e serviços urbanos, assim como, à segurança, locais públicos de alto status e condições de moradia digna. Dessa maneira, este assunto precisa ser analisado para se concluir a melhor maneira de ser tratado.
O segundo ponto, é sobre a abordagem de políticas públicas locais que assistiria no combate a desigualdade, de acordo com o estudado existem comportamentos ou atitudes que colaboram para amenizar a situação ou no mínimo não aumentar as condições desiguais.
Diferente da forma que é tipicamente resolvida, sob um ponto de vista com políticas públicas nacionais. Segundo Velásquez, existem situações que não cabem a competências locais. Mas, é necessário que as duas soluções sejam aplicadas para tentar melhorar as condições de desigualdade.
A terceira e última questão, diz a respeito da carência de políticas públicas corretivas. Tendo em vista que a segregação socioespacial tem uma alta correspondência em cidades latino-americanos e uma intensa separação, todos estes aspectos são consequência de atitudes e de decisões que não afetam ou alteram o problema principal da desigualdade urbana.
A respeito das soluções públicas que deveriam ser adotadas para diminuir estas condições o diretor-geral frisou a importância da localidade das moradias. Sendo, uma relevante questão que define a qualidade dos serviços públicos prestados. Além de permitir que as famílias fiquem mais perto dos centros da cidade, empregos, de forma que evitariam gastar exageradamente em questões específicas, como a locomoção, e se concentrar em redistribuir as despesas de uma forma mais eficaz.
De acordo com o relatório, cerca de 23,5% da população urbana vive em espaços irregulares, ou seja, no mínimo 111 milhões de pessoas.
Fonte: Grupo Editores do Blog.