A iminência de uma Olimpíada costuma revisitar diversos contratempos relacionados ao país ou cidade-sede. Tanto jogadores quanto aficionados podem enfrentar esses desafios nos momentos que antecedem o evento, como o caso de Paris.
Com os Jogos Olímpicos de Paris 2024 se aproximando, a capital francesa enfrenta controvérsias na preparação do evento, que começa em 26 de julho e vai até 11 de agosto.
Preparação dos Jogos Olímpicos de Paris gera polêmicas
Entre as principais questões desta edição está a construção de um centro aquático com capacidade menor do que a exigida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O local foi reduzido para 5 mil assentos, sendo 3 mil temporários, para evitar a criação de “elefantes brancos” e reduzir custos, conforme apontado por uma matéria da Folha de São Paulo. A exigência mínima para as provas de natação é de pelo menos 15 mil lugares. Com isso, a natação foi transferida para a Arena La Défense, em Nanterre, onde foi erguida uma instalação temporária.
Sabine Baillarguet, diretora de planejamento da Metrópole da Grande Paris, comentou que a decisão de reduzir o tamanho do centro aquático foi tomada precocemente, levando em conta o plano de construir uma estrutura permanente e dentro das limitações orçamentárias dos jogos.
Água do Rio Sena também é alvo de críticas
Outro ponto destacado é a qualidade da água do Rio Sena, que será palco de competições aquáticas e da cerimônia de abertura. O investimento de 1,4 bilhão de euros na despoluição do Sena ainda enfrenta desafios. Eventos-teste foram cancelados devido à poluição, levantando dúvidas sobre o cumprimento das promessas de limpeza.
Polêmica sobre ar-condicionados na Vila Olímpica
Visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa, Paris decidiu não instalar ar-condicionados na Vila Olímpica, uma medida que não foi bem recebida por várias delegações, incluindo a brasileira. Preocupações foram levantadas em relação às ondas de calor no verão europeu, que podem chegar a 40 graus e afetar negativamente a performance dos atletas. A organização dos Jogos permitiu a locação de ar-condicionados, com custos arcados pelos comitês olímpicos de cada país participante.
Segurança de Paris 2024 em pauta
A cerimônia de abertura no Sena também acende um alerta quanto à segurança. Samuel Ducroquet, embaixador para Esportes da França, destacou a importância de garantir a segurança dos participantes e espectadores. “As questões de segurança são uma prioridade e uma preocupação essencial para a França”, afirmou. “Quando se trata de Jogos, estamos nos preparando para enfrentar todos os tipos de ameaça”, concluiu.
Estima-se que aproximadamente 90 mil agentes serão designados para atuar diariamente. Desses, 18 mil serão membros da iniciativa privada, podendo chegar a 24 mil em momentos de pico, como na cerimônia de abertura. Além disso, 35 mil serão das forças de segurança pública, podendo aumentar para 45 mil, e 18 mil militares, dos quais 10 mil serão voltados unicamente ao combate ao terrorismo.
