A revolução industrial, iniciada há cerca de 200 anos atrás, trouxe consigo um novo modo de viver baseado em consumo, o que desencadeou um aumento significativo da produção de lixo.
Com esse aumento, surgiu uma necessidade de resolver a questão da destinação destes resíduos, que pela sua quantidade e descarte, estão ameaçando o meio ambiente.
Primeiramente, sabemos que o lixo inorgânico pode ser reciclado, só que esse processo, ao contrário do que muitos pensam, também consome água, energia e polui o meio ambiente.
Isso significa que é muito mais ecológico evitar gerar lixo do que reaproveitá-lo.
A grande questão é que o lixo orgânico produz o biogás, resultante de uma mistura gasosa fruto da biodegradação da matéria orgânica pela ação de bactérias e ausência de oxigênio.
Só que esse gás é combustível, e pode ser canalizado como uma fonte alternativa de energia elétrica e térmica.
A utilização desse gás como fonte de energia, pode auxiliar na questão de emissão de gás poluente na atmosfera, além de ajudar a economizar recursos esgotáveis e ajudar a suprir a crise energética.
Importante ressaltar que todo resíduo orgânico, quando aterrado, se decompõe e libera gases.
Na maioria dos aterros sanitários, o gás produzido, o metano, é capturado e queimado, como forma de evitar maiores danos, pois esse gás é 25 vezes mais perigoso no quesito poluição que outros gases.
Como ocorre a geração de energia elétrica nos aterros?
No Brasil, atualmente, menos de 1% de toda a energia possui origem orgânica, porém o potencial de que essa tecnologia possa ser mais explorada é gigantesco ao levarmos em consideração o fato de que cada um de nós gera mais de 0,5 kg de resíduos de lixo orgânico por dia.
O aproveitamento do metano, mais que uma alternativa de geração de renda e energia aos aterros, é uma alternativa de produção de energia já que reduz o lançamento de um gás com alto potencial de poluição na atmosfera.
O aproveitamento desse gás como fonte de energia se dá da seguinte forma:
- O lixo orgânico coletado vai para os aterros sanitários, onde é compactado e aterrado.
- A decomposição do lixo dá origem ao gás metano que então é coletado por um sistema chamado biodigestores, após isso é direcionado para uma central.
- O gás metano então passa por um processo de filtragem que retira as impurezas e em seguida é refrigerado e comprimido.
- O metano então é queimado em motogeradores, que o converte em energia;
- Por fim, é enviado para um transformador e finalmente lançado no local de geração.
É importante destacar que o biogás produzido pode tanto ser utilizado no próprio local como pode ser vendido para empresas privadas.
Metano no lixo: quais as vantagens do biogás?
Suas principais vantagens são:
- O fato de que é um gás renovável;
- Sua matéria-prima é de fácil obtenção;
- Evitam os lixões que contaminam o solo;
- Reduzem as emissões de gases do efeito estufa;
- São uma alternativa de obtenção de energia térmica e elétrica a um custo reduzido.
Países que são case em biogás
A Finlândia é o país que mais incinera e transforma o lixo em energia no mundo. De acordo com dados disponíveis pelo Eurostat, o país nórdico enviou nada menos que 59% dos seus resíduos para usinas térmicas de waste to energy.
Lá o gás produzido é aproveitado por turbinas geradoras de energia e por sistemas de calefação nas cidades. Os outros 41% dos resíduos passam por reciclagem e compostagem.
O México está construindo a maior usina de WTE do mundo e a primeira da América Latina, pela empresa francesa Veolia.
A usina terá a capacidade de incinerar 4.500 t/dia de RSU pós-triagem do material reciclável, e a energia gerada será destinada ao metrô da capital mexicana.
Já na Dinamarca, mais precisamente em Copenhagen, uma usina WTE com grelhas móveis foi inaugurada em 2018 pela empresa Babcock & Wilcox.
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[…] Monitoramento de energia: é a coleta de dados sobre o uso de energia em uma instalação, incluindo eletricidade, gás natural e combustíveis líquidos. Ou seja, eses dados podem ser usados para calcular as emissões de carbono, e identificar oportunidades para reduzir o consumo de energia. […]
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