Painel solar criado a partir de resíduos produz energia mesmo em dias nublados

por Grupo Editores Blog.

 

Os painéis solares são sinônimo de alta eficiência com custos extremamente baixos. Essa tecnologia de energia renovável está tão avançada que, segundo o estudante de engenharia elétrica Carvey Ehren Maigue, em entrevista para a Fast Company, já é possível transferir todas as casas dos Estados Unidos para o modelo – e ainda economizar no processo.

 

Apesar de revolucionária, a energia solar ainda encontra um forte ponto negativo: o clima instável. Mas embora não seja possível controlar as nuvens no céu e a incidência dos raios solares na Terra, uma nova invenção promete contornar a inconsistência da energia solar



Como? Por meio da captação de luz ultravioleta emitida pelo sol e que está presente na superfície terrestre independentemente do tempo. Em breve, essa tecnologia pode transformar janelas e paredes de edifícios em uma grande fonte de eletricidade.

 

AuREUS


Esse conceito é chamado de AuREUS (que significa Aurora Renewable Energy and UV Sequestration) e foi inventado por Maigue. O método consiste no desenvolvimento de um material que emite partículas luminescentes orgânicas capazes de absorver a luz ultravioleta (que é invisível) e a converter em luz visível.



Um filme solar converte essa luz visível em energia elétrica. “É semelhante a inspirar oxigênio e exalar dióxido de carbono”, diz Maigue. “Nesse método, conseguimos captar luz ultravioleta e, depois de algum tempo, a derramar como luz visível.”

 

Produzida na forma de resina, semelhante àquela usada em vidros à prova de balas, esta tecnologia de coleta de luz pode ser usada para criar janelas, paredes ou qualquer outra parte do exterior de um edifício. O método é muito diferente do amplamente usado hoje, com painéis solares em estruturas metálicas geralmente posicionados nos telhados das casas.

 

A invenção de Maigue impressionou até mesmo a academia, que o premiou com o Prêmio James Dyson de Sustentabilidade, cuja recompensa é US$ 35 mil.

 

Bonito e eficiente
Maigue desenvolveu o AuREUS transformando resíduos de frutas e vegetais em um material luminescente capaz de converter a luz ultravioleta. Misturando isso com uma resina e o revestindo com um filme solar, ela criou painéis de vidro que podem produzir uma quantidade surpreendente de eletricidade. Seu protótipo é um único painel de 91 por 60 centímetros de tamanho. 

 

Ele inclusive já foi posto à prática, sendo instalado na parte exterior do apartamento do estudante. Com tonalidade verde limão, mas transparente, o painel de teste gera potência suficiente para que Maigue possa carregar dois celulares por dia. Quando ampliados, ele diz que os painéis deverão permitir que grandes prédios supram completamente sua própria demanda por eletricidade.

 

Além das vantagens funcionais, Maigue diz que o material também possui benefícios estéticos. Por sua flexibilidade, designers poderão integrar os painéis solares com quase todos os designs. “Podemos criar painéis curvos, ou mais planos para as paredes. Tudo isso sem comprometer a eficiência”, diz. “Essa é uma das maneiras pelas quais podemos permitir que arquitetos e engenheiros se expressem mais e sejam mais artísticos.”

 

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Sustentabilidade/noticia/2020/11/painel-solar-criado-partir-de-residuos-produz-energia-mesmo-em-dias-nublados.html

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1 comentário

Metano do lixo? Saiba se é possível a geração de energia a partir de resíduos - AAFIRP 2 de fevereiro de 2023 - 21:53

[…] que esse gás é combustível, e pode ser canalizado como uma fonte alternativa de energia elétrica e […]

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