Fazenda vertical: o que é, vantagens e desvantagens

por Grupo Editores Blog.

 

O conceito de Fazenda Vertical foi cunhado pelo Biólogo Dickson Despommier, que atuava na Universidade de Columbia, que fica em Nova York (EUA), no ano de 1999. Mas há registros de que outros cientistas já haviam falado de um sistema parecido muito antes disso, lá em 1979.

 

Com o ritmo acelerado do crescimento populacional, a produção de alimentos em grande escala passou a se tornar um grande desafio. Considerando que boa parte das terras adequadas para o cultivo de alimentos já estarem em uso, era preciso pensar em novas alternativas.

 

Uma dessas alternativas foram chamadas de fazendas verticais, uma técnica de produção pensada para os ambientes urbanos, onde os vegetais são cultivados em camadas, ou seja, aproveitando a verticalidade.

 

Mas, então, o que é uma Fazenda Vertical?

 

Uma Fazenda Vertical é um espaço que fica localizado em um centro urbano, no qual são produzidos alimentos em camadas empilhadas. Para isso são utilizadas estruturas que são acopladas aos prédios, à contêineres, torres e outros locais.

 

A produção se utiliza de tecnologia para conseguir obter uma boa produtividade dentro de um espaço reduzido, fazendo um melhor aproveitamento do espaço aéreo das cidades. São implementadas técnicas para controlar a iluminação, umidade, nutrientes, temperaturas e outros fatores que implicam na produtividade.

 

O interessante é que a proposta das fazendas verticais consegue aproveitar espaços que antes eram imagináveis para a produção agrícola.

 

A primeira fazenda vertical do mundo

 

A primeira fazenda vertical registrada no mundo foi implantada no ano de 2012, em Cingapura e sua finalidade era comercial.

 

Foram erguidas uma média de 120 torres feitas em alumínio, dentro de um sistema rotativo capaz de garantir o recebimento de luz solar em todo o local, além de uma irrigação controlada e fornecimento de nutrientes de maneira equilibrada.

 

Mas, a novidade não parou por aí, outras fazendas verticais começaram a surgir em países como Japão, Suíça, Estados Unidos, Canadá, Suécia e Holanda.

 

Aqui no brasil, as fazendas verticais ainda são uma novidade que vem sendo discutida no meio acadêmico com alguns projetos práticos em nível experimental.

 

Vantagens das fazendas verticais

 

Além da produção de alimentos que é o principal objetivo do desenvolvimento dos projetos de fazendas verticais, elas também apresentam outras importantes vantagens:

• Melhoria da qualidade do ar nos grandes centros urbanos;

• Redução dos custos com logística e transporte de alimentos, além da redução da poluição gerada pelos veículos utilizados nessa função;

• Aproveitamento de espaços sem uso;

• Redução da contaminação de solo pelo uso desenfreado de agrotóxicos e fertilizantes;

• Melhora dos hábitos alimentares da população dos grandes centros urbanos do mundo;

• Independência das condições climáticas para manutenção da produtividade;

• Utilização de menor quantidade de água, solo e outros recursos;

• Proteção das florestas, visto que passam a ser utilizados os espaços urbanos, reduzindo a necessidade de desmatamento para criar áreas produtivas.

 

Desvantagens das fazendas verticais

 

Apesar de apresentar muitos benefícios quanto ao suprimento da demanda alimentar e proteção do meio ambiente, também existem alguns contrapontos que podem ser vistos como desvantagens no cultivo das fazendas verticais.

 

Dentre eles estão o alto consumo de energia, que é utilizado para manter a iluminação artificial, para aquecimento e outras funções, quando não é possível aproveitar os recursos naturais.

 

Além disso, para a implantação de um projeto como esse, é necessário um alto investimento, além dos custos de manutenção das atividades.

 

Resumindo, é uma tecnologia bastante moderna, de alto potencial, mas que ainda precisa de estudo e aprimoramento para que se torne eficiente e consiga atender o propósito para o qual foi pensada.

 

E aí, o que você acha das fazendas verticais? Acredita que elas farão parte das cidades do futuro?

 

Fonte: Grupo Editores do Blog.

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