Etarismo precisa ser combatido com valorização e inclusão das pessoas

por Grupo Editores Blog.

A população global de idosos está aumentando muito rapidamente. A previsão é que até 2050, haverá mais de 1,6 bilhão de pessoas com mais 65 anos. Conforme dados da Organização das Nações Unidas (ONU), esse número representa mais que o dobro da população da idosa atual, que é atualmente de 761 milhões. No Brasil, os idosos correspondem a quase 15% da população. Por mais que haja um aumento da longevidade nos últimos tempos, os idosos ainda sofrem muito preconceito. Essa discriminação, baseada na idade, sofrida pelas pessoas é chamada de etarismo.

Manifestação e significado do etarismo

O etarismo é um assunto preocupante e que se manifesta de várias maneiras. Ocorre na negação de oportunidades de emprego, no tratamento desrespeitoso e na exclusão do social. Conforme descrito no Relatório Mundial sobre Idadismo, (que é o preconceito em relação à idade. Usado para categorizar e dividir as pessoas e causar prejuízos, desvantagens e injustiças) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Aumento de denúncias de etarismo

Nos cinco primeiros meses do ano de 2023, houve um aumento de 57% no número de denúncias de desrespeitos aos direitos dos idosos, em relação ao mesmo período do ano de 2022. No Brasil, esses dados são do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Levantamento realizado pela Ernst & Young em quase 200 empresas no país, mostrou que a maioria das companhias possui de 6% a 10% de pessoas, com mais de 50 anos em seu quadro funcional. 

Mercado de trabalho

De acordo com essa pesquisa, 78% dos entrevistados das empresas, dizem que têm barreiras para contratar os trabalhadores, nessa faixa de idade. O especialista Jheny Coutinho, CEO da Plure, relata que os profissionais, a partir dos 40 anos, enfrentam discriminação no mercado de trabalho. “Por conta da suposição de que são menos produtivos ou que a saúde da pessoa, pode apresentar algum problema”, enfatizou.

Envelhecimento é ponto positivo

Conforme Coutinho, esse preconceito pode resultar em dificuldades na obtenção de empregos ou até na contratação. “O envelhecimento da população deveria ser visto como um ponto positivo no mercado de trabalho, derrubando os estereótipos”, salientou.  

Participação das empresas 

As organizações empresariais podem contribuir com a inclusão etária, evitando a discriminação. Visto que, nesse novo cenário profissional, temos mais pessoas produtivas e saudáveis ​​em idades avançadas. Dessa forma, ocorre a coexistência de várias gerações na força de trabalho e nas comunidades. O desafio das empresas é promover maior compreensão e respeito mútuo.  Para integrar as pessoas, compete as empresas construir políticas, que valorizem a diversidade etária e incentivem a contratação e a retenção de funcionários.

Ações para combater o etarismo

A – No combate ao etarismo é importante educar as pessoas e se informar sobre o assunto; 

B – Promover a conscientização por meio da divulgação de informações nas redes sociais, sites ou palestras;

C – Combater à linguagem discriminatória. Evitar usar comunicação que reforce estereótipos relacionados à idade.  Seja consciente da forma como se comunica; 

D – Incentivar à inclusão das pessoas mais velhas nas empresas. Com oportunidades de aprendizados e desenvolvimentos;

E – Apoiar políticas públicas que protejam os direitos dos idosos, incluindo acesso aos cuidados de saúde.

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