Quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2016 ficou concentrado em apenas 66 dos 5.570 municípios do país. Isso significa que apenas 1,2% das cidades, que representavam 1/3 da população, responderam por cerca de 50% de toda a economia brasileira naquele ano. É o que aponta um levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o novo levantamento, apenas 6 municípios, que representavam 12,9% da população em 2016, concentraram cerca de 25% do PIB do país. São eles:
São Paulo, com 11% do total;
Rio de Janeiro, com 5,3%;
Brasília, com 3,8%;
Belo Horizonte, com 1,4%;
Curitiba, com 1,3%;
Osasco, com 1,2%.
Segundo o IBGE, destes seis municípios com os maiores PIBs, apenas Osasco alterou sua posição no ranking ao longo da série histórica do levantamento. Em 2012, o município paulista ocupava a 16ª colocação. A ascensão para a 6ª posição, segundo o instituto, se deu “muito em virtude do ganho de participação das atividades de comércio, serviços de informação e atividades financeiras no período”.
O instituto destacou, também, que em 2002, os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro somavam 19,0% do PIB do Brasil e, essa participação caiu para 16,2%. Tal queda distribuiu-se entre as atividades da indústria e dos serviços.
Segundo o IBGE, destes seis municípios com os maiores PIBs, apenas Osasco alterou sua posição no ranking ao longo da série histórica do levantamento. Em 2012, o município paulista ocupava a 16ª colocação. A ascensão para a 6ª posição, segundo o instituto, se deu “muito em virtude do ganho de participação das atividades de comércio, serviços de informação e atividades financeiras no período”.
O instituto destacou, também, que em 2002, os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro somavam 19,0% do PIB do Brasil e, essa participação caiu para 16,2%. Tal queda distribuiu-se entre as atividades da indústria e dos serviços.
Segundo o IBGE, a principal atividade econômica em 55,0% dos municípios brasileiros era composta pelo conjunto dos serviços da administração pública, o que mostra o tamanho da dependência de governos das cidades.
Mais de 90,0% dos municípios de Roraima, Paraíba, Piauí, Sergipe, Amapá e Rio Grande do Norte tinham esse perfil. No outro extremo, os estados da Região Sul tinham cerca de 11,0% com essa característica.
O levantamento apresentado nesta sexta-feira, 14/12, pelo IBGE mostrou também que 56% do PIB brasileiro em 2016 estava concentrado em 100 municípios. A região Sudeste liderava esse grupo, com 56 municípios entre os mais ricos do país.
Distribuição regional dos 100 maiores PIBs de 2016 Sudeste concentrava mais da metade dos municípios mais ricos do país.
A Região Norte ficou na lanterna deste ranking, com apenas quatro municípios. O IBGE destacou que apenas as capitais de três estados desta região não estavam entre o grupo dos 100 municíos mais ricos: Rio Branco (AC), Boa Vista (RR) e Palmas (TO).
De acordo com o IBGE, a capital paulista compõe, junto a outros 139 municípios “fortemente interligados e polarizados por ele”, a chamada Cidade-Região de São Paulo — região de urbanização quase contínua que se estende desde Santos até Piracicaba, e desde Sorocaba até Pindamonhangaba. Em 2016, essa região concentrava 26% do PIB do país, tendo perdido participação ao longo dos anos – em 2002 ela respondia por 28,2% da economia.
Entre 2002 e 2016, aumentou de 6,9% para 8,6% a participação da Amazônia Legal no PIB do Brasil. A região é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão.
Heterogênea, a região da Amazônio Legal inclui áreas tanto de cultivo, mineração e produção industrial quanto reservas indígenas e de preservação ambiental. Em 2002, ela respondia por 14,8% da agropecuária nacional, passando para 21% em 2016.
O levantamento mostrou que Brasília foi o município com maior ganho de participação no PIB nacional – uma alta de 0,2 pontos percentuais na comparação com o ano anterior. Este avanço ocorreu devido à atividade de Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social. Em seguida, aparecem, todas com ganho de 0,1 p.p, as cidades paulistas de Osasco, Paulínia e São Paulo, além do município baiano de São Francisco do Conde.
Já as cinco maiores quedas absolutas foram influenciadas pela atividade de extração de petróleo e gás natural. A principal queda ocorreu para o município de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, que perdeu 0,3 p.p. de participação na comparação com 2015. Outras duas cidades fluminenses, Cabo Frio e Maricá, juntamente com a cidade paulista de Ilhabela e a capixaba de Presidente Kennedy respondem pelas outras quatro principais quedas, todas de 0,1 p.p.
O IBGE destacou ainda que estes cinco municípios que tiveram as maiores quedas respondiam por 1,1% do PIB nacional em 2015, percentual que recuou para 0,6% em 2016.
A Bahia teve dois destaques positivos quando analisado o ranking de participação no PIB nacional. O município de Gentio do Ouro avançou 2.005 posições, beneficiado pela indústria de máquinas e equipamentos demandados para a construção de um complexo eólico. O segundo colocado em termos de avanço no ranking foi Tabocas do Brejo Velho, que viu aumentar sua arrecadação tributária com a importação de equipamentos para geração de solar.
“Da primeira até a 12ª posição da Agropecuária, em 2016 todos os municípios estão no Centro-Oeste, em 2002, apenas os dois primeiros pertenciam a essa região”, ressaltou o instituto.
Indústria: Na atividade industrial, em 2016, apenas 18 munícipios concentravam ¼ do valor adicionado bruto ao PIB. “Com 86 municípios chega-se a ½ da indústria. No outro extremo, nota-se que 2.708 municípios responderam por 1% da indústria”, destacou a publicação.
Dentre os 20 municípios de maior participação na indústria, 11 pertencem à Região Sudeste. São Paulo (5,5%), Rio de Janeiro (3,2%) e Manaus (2,2%) lideravam este grupo. Também integravam o grupo as capitais de Minas Gerais, Brasília, Fortaleza e Salvador.
Serviços: Desconsiderando os serviços da administração pública, São Paulo (15,4%), Rio de Janeiro (5,9%), Brasília (3,4%) e Belo Horizonte (1,8%) concentravam pouco mais de ¼ do PIB do setor de serviços do país. Juntamente a outros 31 municípios, sendo 19 capitais entre eles, a participação chegava à metade de todo valor adicionado pelos serviços.
Ainda segundo o IBGE, Osasco, no interior paulista, ficou em 5º lugar no ranking de serviços, sendo a cidade mais bem colocada neste ranking .
Fonte: G1.