O conceito de mobilidade urbana refere-se às ações implementadas nas cidades para proporcionar a melhor movimentação das pessoas entre os espaços. Nos dias de hoje, os carros particulares continuam representando o maior meio de locomoção utilizado.
As políticas públicas são instrumentos que lidam diretamente com a mobilidade urbana: a partir delas, os políticos e administradores pensam em estratégias para contemplar as diversas maneiras de locomoção existentes no espaço da cidade.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas de 2011, mais da metade dos habitantes do planeta moram em cidades; são por volta de 3,6 bilhões de pessoas vivendo em espaços urbanos.
Com o processo de êxodo rural vivido por países em desenvolvimento (como é o caso do Brasil, da China ou da Índia), essas nações são as que têm os maiores desafios em relação às políticas públicas para a mobilidade urbana.
Os carros significam um desafio para a mobilidade urbana da maior parte das grandes cidades ao redor do mundo: eles são agentes poluidores, causam congestionamentos, acidentes e interferem diretamente no fluxo geral da locomoção.
A mobilidade urbana no Brasil
Quando pensamos na relação entre as políticas públicas e a mobilidade urbana, o Brasil ainda precisa se aprimorar em muitos sentidos. A maioria dos grandes centros urbanos do nosso país apresentam desafios de transporte e circulação.
De modo geral, as políticas em relação à área dos transportes no Brasil sempre foram bastante voltadas ao setor rodoviário, com grandes investimentos e expansões de estradas. Isso influencia o fato de que as pessoas não pensam em outras opções que não seja o uso dos automóveis particulares.
No entanto, para contornar isso, é possível que as políticas públicas desenvolvam estratégias de mobilidade urbana sustentável, como o uso de bicicletas – as quais impactam infinitamente menos o meio-ambiente – ou de mais transportes coletivos, por exemplo.
A má infraestrutura dos transportes públicos em boa parte das cidades brasileiras é outro aspecto que leva as pessoas a preferirem usar carros privados. É por isso que é necessário que se pense em desenvolver melhores políticas públicas de mobilidade urbana que contemplem o coletivo.
Existem vários meios de locomoção voltados para o transporte público: os ônibus, as bicicletas, os metrôs, os trens elétricos, bondes etc. Eles são alternativas para a administração pública implementar ações que desafoguem o tráfego de carros particulares, consequentemente melhorando a circulação geral da cidade.
Uma ação que o poder público pode implementar é descentralizar as áreas econômicas das grandes cidades, estimulando a formação de centros industriais e de serviços em regiões com menor circulação.
Outro exemplo de como as políticas públicas podem ser voltadas a amenizar a alta quantidade de carros particulares é o desestímulo de circulação dos veículos por meio de rodízios de placas; algo que é amplamente utilizado em São Paulo, por exemplo.
É por isso que são necessárias boas políticas públicas que lidem com o crescente uso dos automóveis particulares; se a mobilidade urbana não for bem planejada e executada, as cidades tornam-se espaços superlotados e pouco funcionais, fatores esses que influenciam na qualidade de vida de todos.
Fonte: Grupo Editores Blog.