Plásticos por tudo: consumo exacerbado e consequências

por Grupo Editores Blog.

A poluição plástica associada ao crescente consumo desses produtos é preocupante para a humanidade.  Essa expressiva procura por materiais plásticos está relacionada ao seu baixo custo. De modo especial pela alta durabilidade e resistência aos produtos químicos, radiação e pressão. 

Devido ao consumo desses produtos feitos por esses polímeros, são geradas grandes quantidades de resíduos, que muitas vezes não são reciclados ou reutilizados.  Sem o cuidado necessário, os plásticos são lançados de forma direta ou indireta no meio ambiente, causando também muitos danos para as pessoas.  

Produção industrial de grande escala de plásticos no mundo 

Especialmente as atividades industriais são consideradas altamente impactantes, pois são as principais fontes de inserção de plásticos no ambiente. O plástico é originado a partir de resinas derivadas do petróleo e compõe o grupo dos polímeros. 

Dados da ONU (Organização das Nações Unidas) revelam que mais de 2 bilhões de toneladas de lixo são produzidas por ano na humanidade. Desse total, mais de 78 milhões de toneladas de resíduos sólidos têm origem só no Brasil. 14% são de plástico, o que torna o país o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, China e Índia.  

Muitos desses objetos são plásticos de uso único, como garrafas, sacolas, pratos, etc. Esses resíduos, ao serem descartados, podem terminar em um aterro ou, eventualmente, serem reciclados. 

Reciclagem do plástico não é suficiente para minimizar o problema  

O problema é que os dados sobre reciclagem, segundo indica Greenpeace, não são muito animadores: de todo o plástico produzido em âmbito mundial até hoje, apenas 9% foi reciclado, contra 12% que foi incinerado e 79% que terminou em aterros ou diretamente no meio ambiente.

Dados do Ministério do Meio Ambiente mostram que cerca de 80% do lixo doméstico é composto por material reciclável, em sua maioria embalagens pós-consumo. O plástico representa 13,5% do total de resíduos sólidos gerados no país 

Plásticos atingem os oceanos e prejudicam a fauna marinha

O plástico atingiu as profundezas do planeta: o abismo Challenger, situado a 11.000 metros de profundidade. Local onde praticamente nem mesmo o homem é capaz de chegar. A descoberta é a melhor prova da dimensão do problema e de que chegou o momento de se conscientizar e fazer o possível para reverter essa situação.

Esse material plástico localizado nos oceanos se decompõe em micro fragmentos que são ingeridos pela fauna marinha. Como consequência chegue à nossa alimentação com consequências ainda desconhecidas para a saúde humana. Conforme estudo da FAO (A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) até 800 espécies de moluscos, crustáceos e peixes já sabiam o que era comer plástico.

Nano e micro plásticos no consumo da sociedade    

Eles invadiram nossas vidas e são encontrados em todas as partes desse planeta. No ar que respiramos, na água das nascentes, na placenta e no leite materno.   

Nano plástico é uma partícula de plástico com tamanho entre 1 e 1000 nanômetros, ainda menor que os micro plásticos.  Produzida involuntariamente a partir da fabricação e degradação de objetos de plástico. Durante a lavagem das roupas, por meio do choque mecânico, as partículas de nano plástico se desprendem e acaba sendo enviadas para o esgoto, indo parar em corpos hídricos e no ambiente.

Já os micro plásticos são partículas minúsculas, com menos de cinco milímetros de diâmetro. A eliminação acontece a partir de materiais plásticos comuns. Podem ser encontrados no ar, na água e no solo a partir da decomposição de garrafas, embalagens, tinta e outros produtos feitos de plástico.

Desafio constante é diminuir a poluição plástica 

É fundamental aumentar a consciência das pessoas em relação ao uso e descarte do material. Resíduos plásticos descartados de modo indevido no meio ambiente contribui para entupimentos e enchentes, propicia condições de proliferação de vetores transmissores de inúmeras doenças, prejudica a navegação marítima e agride a fauna aquática.

Dicas importantes:

– Evite consumir alimentos armazenados em recipientes de plástico;

– Zere o consumo de itens de plástico supérfluos, como canudinhos, copos descartáveis e sacolas;

– Descarte corretamente e encaminhe para reciclagem;

– Não consuma animais marinhos e contribua com iniciativas que retirem redes de pesca e outros plásticos do mar;

– No lugar de tecidos de fibra sintética, como poliéster, utilize algodão orgânico;

Quando comprar alimentos, prefira aqueles que venham em embalagens de vidro, papel ou sem embalagens;

Recicle, reutilize e reaproveite.

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2 comentários

Cidades inteligentes podem salvar os oceanos e enfrentar as mudanças climáticas – FENAFIM 19 de junho de 2024 - 16:05

[…] de até 30% dos oceanos até 2030 e a criação de um tratado global para reduzir a poluição por plástico nos […]

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Cidades inteligentes podem salvar os oceanos e enfrentar as mudanças climáticas - AAFIRP 20 de junho de 2024 - 09:54

[…] de até 30% dos oceanos até 2030 e a criação de um tratado global para reduzir a poluição por plástico nos […]

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