O PIX se tornou o principal meio de pagamento usado pelos brasileiros. Em 2024, mais de 63% da população fez ao menos uma transação por mês. O dado mostra como a ferramenta caiu no gosto popular e está presente no dia a dia. Mas um levantamento recente da FGV mostra que essa adoção ainda é desigual entre os municípios.
Cidades com maior PIB per capita, população mais alfabetizada e com melhor acesso à internet usam mais o PIX. Já municípios com baixa renda e menor escolaridade concentram a maior parte das transações de pequeno valor. Isso indica que o uso do PIX é influenciado diretamente pelas condições locais de educação e infraestrutura digital.
Dados mostram que o PIX é mais forte onde há inclusão digital
O estudo “Geografia do Pix”, da FGV, analisou mais de 235 milhões de transações e mostrou que a adesão chega a 56% nas cidades mais ricas. Já nas cidades mais pobres, esse índice cai para 49,5%. Além disso, o valor médio por transação é menor em áreas com baixo desenvolvimento.
Cidades inteligentes, que investem em tecnologia, conectividade e educação, tendem a ter mais pessoas usando o PIX com frequência. A adesão é maior entre jovens e adultos de até 44 anos, mostrando também o peso da familiaridade digital no uso da ferramenta.
Municípios podem usar o PIX como instrumento de modernização
O uso do PIX pelos governos locais tem crescido, mas ainda há muito potencial. Prefeituras e secretarias podem usar o sistema para receber taxas, impostos e até repasses de programas sociais. Além disso, a agilidade nas transferências pode melhorar a gestão pública e reduzir custos com intermediação bancária.
Para os gestores, adotar o PIX é um passo importante rumo à transformação digital. Municípios que já estão se tornando cidades inteligentes devem considerar o sistema como parte das soluções de governo digital. Isso inclui pagamentos de fornecedores, repasses a famílias e arrecadação mais eficiente.
Transparência e inclusão fiscal com o uso do PIX
O PIX também pode ampliar o controle das finanças públicas. Com ele, os auditores fiscais podem acessar registros de forma mais rápida e confiável. Isso contribui para maior transparência e combate à sonegação.
Em cidades com gestão mais moderna, o uso do PIX está associado a uma maior participação cidadã. Pagamentos de tributos via PIX, por exemplo, tornam o processo mais simples para o contribuinte. E isso fortalece a relação entre o cidadão e o poder público.