Em bairros de São Paulo, mães têm se organizado entre vizinhas e amigas para dividir os cuidados com os filhos. A ideia é simples: enquanto uma cuida das crianças, a outra pode se exercitar, ir ao médico ou apenas descansar. Essas redes de apoio, como mostra reportagem da Folha de S.Paulo (12/03/2025), são uma alternativa ao apoio que muitas vezes não vem da família.
Esse movimento reforça a importância de pensar cidades inteligentes como ambientes que valorizam o cuidado e a coletividade. Quando as mães têm tempo para cuidar de si, elas fortalecem seus vínculos, sua saúde mental e seu papel na sociedade. Isso impacta diretamente o desenvolvimento urbano, social e econômico.
Mães organizadas transformam a vida nas comunidades
Na reportagem, Gabriela Greco conta como divide a rotina com a vizinha para garantir tempo na academia. Michelle Ramos, por sua vez, viu sua vida mudar com o apoio das amigas que cuidam de sua filha para que ela possa trabalhar e manter o bem-estar. A confiança entre essas mulheres permite que cada uma tenha um momento de respiro.
Além de saúde e equilíbrio emocional, essas redes ampliam a autonomia das mães. Em cidades inteligentes, ações como essas podem ser potencializadas por políticas públicas que estimulem a criação de espaços de convivência e creches comunitárias. O fortalecimento desses laços faz com que as cidades funcionem melhor para todos.
Cuidar das mães é investir na economia da cidade
Quando mães têm com quem contar, elas conseguem produzir mais, estudar e empreender. Segundo o IBGE, 1 em cada 2 mulheres brasileiras com filhos é responsável pelo sustento do lar. Sem apoio, muitas abandonam o mercado de trabalho. Com apoio, geram renda, estimulam a economia local e contribuem com a vida pública.
Cidades inteligentes que apoiam mães investem no crescimento sustentável. É preciso integrar creches em tempo integral, incentivos ao empreendedorismo materno e transporte público eficiente. Com isso, mães conseguem tempo de qualidade para si e para os filhos. E todos ganham com essa estrutura mais justa.
Redes de apoio entre mães são caminho para cidades mais humanas
Na pandemia, algumas mulheres citadas na reportagem da Folha criaram até coletivos culturais e negócios próprios, como o brechó da Jenifer Marruá. Outras passaram a compor músicas sobre maternidade e apoio mútuo. Esses exemplos mostram que, quando mães se unem, elas movimentam não só suas rotinas, mas suas comunidades inteiras.
Cidades inteligentes precisam enxergar o valor dessas redes. Quando a gestão pública reconhece o papel das mães e oferece suporte, o retorno é social e econômico. Promover políticas de cuidado coletivo é tornar a cidade mais segura, criativa e eficiente.