A cidade de Lisboa foi considerada o melhor destino europeu em qualidade de vida para expatriados, segundo ranking da InterNations divulgado pela Casa Vogue em janeiro de 2025. A capital portuguesa lidera o índice global entre 53 cidades avaliadas, superando locais como Madrid e Copenhague. Os critérios analisam infraestrutura, custo de vida, mobilidade, saúde, segurança, e facilidade de adaptação para quem vem de fora.
A pesquisa ouviu mais de 12 mil pessoas de 175 nacionalidades. Lisboa recebeu destaque por sua eficiência nos serviços públicos, facilidade no acesso à moradia e qualidade da mobilidade urbana. Isso é resultado de investimentos consistentes em tecnologia e governança. Lisboa tem apostado na transformação digital para se consolidar como uma cidade inteligente. Esse modelo pode servir de exemplo para gestores brasileiros que enfrentam desafios semelhantes.
Cidade inteligente torna Lisboa mais atraente para expatriados
Lisboa tem investido pesado em soluções digitais para mobilidade, habitação e serviços. O projeto “Lisboa Inteligente”, criado em 2017, unificou dados de transporte, meio ambiente e segurança. O objetivo é tomar decisões com base em dados reais e tornar a cidade mais eficiente. Segundo o relatório Smart City Index 2024 do IMD, Lisboa está entre as 30 cidades mais inteligentes do mundo, à frente de metrópoles como Buenos Aires e Milão.
Além disso, a capital portuguesa criou incentivos para startups de tecnologia. A cidade oferece benefícios fiscais e acesso a centros de inovação. Isso atrai talentos e cria um ambiente propício para profissionais estrangeiros. A qualidade dos serviços públicos e a segurança urbana completam o pacote que faz de Lisboa um destino cobiçado por expatriados.
Moradia acessível e transporte eficiente fazem diferença
Outro fator que coloca Lisboa no topo do ranking é a habitação. O governo local criou políticas de aluguel acessível e controle de preços. Essas ações reduzem a pressão sobre o mercado e facilitam a vida de quem chega. O transporte público, por sua vez, é integrado, pontual e com custo baixo. Tudo isso melhora a mobilidade e a qualidade de vida no dia a dia.
Para os expatriados, essa combinação é decisiva. Eles buscam lugares onde seja possível viver com segurança, trabalhar com estabilidade e se locomover com facilidade. Cidades inteligentes, como Lisboa, são capazes de oferecer tudo isso porque usam a tecnologia para planejar e executar melhor os serviços.
O Brasil pode aprender com a experiência de Lisboa
As cidades brasileiras enfrentam desafios semelhantes aos que Lisboa enfrentava há 20 anos: trânsito caótico, desigualdade urbana e serviços ineficientes. O que Portugal mostrou é que o caminho passa pela boa gestão e pelo uso da tecnologia. Municípios brasileiros, como Curitiba e Florianópolis, já dão passos nesse sentido, mas ainda falta coordenação nacional.
A moral da história é clara: quando se investe em inteligência urbana, todos ganham. O Brasil pode usar o exemplo de Lisboa para construir cidades mais inclusivas, eficientes e atrativas para talentos do mundo todo. Esse é um passo importante para entrar de vez no mapa global das cidades inteligentes.