A integração de dados entre secretarias municipais tem sido uma ferramenta essencial para modernizar a gestão pública e melhorar os serviços ao cidadão. Com iniciativas como o Conecta GOV.BR, o governo federal já conseguiu economizar cerca de R$ 8 bilhões desde 2023. Essa economia mostra como a troca automática de informações entre sistemas pode tornar os processos mais ágeis, confiáveis e baratos. Nas cidades inteligentes, esse tipo de integração é ainda mais relevante, pois permite que as soluções digitais sejam aplicadas de forma coordenada entre diferentes setores da administração.
Ao eliminar tarefas repetitivas e reduzir a necessidade de comprovações manuais, a integração melhora a experiência do cidadão e reduz os erros nas políticas públicas. Um exemplo claro está na utilização dos dados do Cadastro Único para conceder isenções automáticas em concursos públicos, como no CPNU. Esse modelo de gestão baseada em dados é o caminho natural para municípios que querem evoluir para se tornarem cidades inteligentes, capazes de oferecer serviços proativos, eficientes e com menos burocracia.
Economia direta e impacto na gestão pública
A integração de dados promove uma economia real de tempo e recursos. Com a eliminação de etapas presenciais e a automação de processos, a administração pública reduz custos operacionais e melhora o uso das equipes. Em 2024, por exemplo, o programa Conecta GOV.BR gerou R$ 3,21 bilhões de economia. Municípios que adotarem práticas semelhantes poderão investir esses recursos em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura. Esse é um passo importante para transformar os municípios em cidades inteligentes, onde a tecnologia trabalha a favor do cidadão.
Governança digital fortalece a confiança da população
A Lei do Governo Digital e a LGPD garantem segurança jurídica e proteção aos dados compartilhados. A troca segura de informações entre secretarias exige padrões, regras e tecnologias robustas. A Infraestrutura Nacional de Dados (IND) está organizando esse ecossistema no país. A meta é clara: acabar com os “silos” de informação e promover um uso estratégico dos dados. Municípios que seguirem essa trilha vão fortalecer a confiança dos cidadãos e oferecer serviços mais personalizados, com foco real nas necessidades da população.
Casos como o de Porto Alegre mostram o potencial local
Porto Alegre tem implementado políticas públicas com base em dados, como a Política de Governança de Dados e o plano de revisão periódica de gastos. Essa estratégia coloca a cidade no caminho da inovação, alinhada com os princípios das cidades inteligentes. A gestão baseada em evidências, como demonstrado por Porto Alegre, permite decisões mais eficazes e sustentáveis, otimizando o uso dos recursos públicos e melhorando o atendimento à população.
Integração de dados como base para o futuro
A integração de dados é mais do que uma ferramenta de economia: é uma base sólida para o futuro da gestão pública. Com a implantação da Nuvem de Governo, o Brasil avança na criação de um ecossistema digital autônomo, seguro e eficiente. Municípios que aderirem a essa transformação digital estarão mais preparados para oferecer serviços proativos, automatizados e centrados nas pessoas, como se espera das cidades inteligentes.