Recentemente, uma descoberta incrível sacudiu o mundo da arqueologia e nos fez repensar tudo o que sabíamos sobre civilizações pré-hispânicas na Amazônia Equatoriana. A pesquisa, divulgada pela prestigiada revista “Science”, jogou luz sobre um complexo sistema de centros urbanos no Vale do Upano, na Amazônia equatoriana, que é simplesmente de cair o queixo.
Mais de 6.000 plataformas retangulares foram identificadas, espalhadas por cinco grandes aglomerados de assentamentos e dez menores, cercados por vastos campos agrícolas. Isso nos mostra que, bem antes do que imaginávamos, existiam sociedades organizadas e florescentes nesse território misterioso.
O sistema LiDAR que faz toda diferença
O sistema LiDAR (Light Detection and Ranging) foi a ferramenta chave que permitiu essa descoberta sem precedentes. Mas, afinal, o que é o LiDAR? Trata-se de uma tecnologia de detecção remota que usa a luz na forma de um laser pulsado para medir distâncias até a Terra. Essa maravilha da modernidade consegue penetrar a densa cobertura vegetal da Amazônia, revelando as estruturas ocultas por baixo.
É como ter super-óculos que veem através das árvores, permitindo aos cientistas mapear detalhadamente as formas do terreno e as construções antigas sem precisar dar um passo na selva. Graças ao LiDAR, foi possível identificar esses centros urbanos esquecidos pelo tempo, proporcionando um novo entendimento sobre as civilizações que habitavam a região.
Novidades da revista Science: uma Amazônia Equatoriana urbanizada
A revista Science não apenas divulgou a descoberta desses assentamentos pré-hispânicos, mas também deu destaque a aspectos fascinantes dessa civilização antiga. O estudo detalha como o sistema rodoviário interligava todos esses assentamentos, sugerindo uma coexistência e possível interação entre eles.
Essa rede de caminhos e a complexidade dos centros urbanos indicam um nível de organização social e infraestrutura que desafia a percepção anterior de que a Amazônia era pouco habitada por sociedades complexas. Além disso, a descoberta sugere que essas cidades são anteriores a outras conhecidas sociedades amazônicas avançadas, incluindo o recém-descoberto sistema urbano de Llanos de Mojos, na Bolívia.
Essa nova evidência aponta para uma história muito mais rica e complexa da ocupação humana na Amazônia, alterando profundamente nossa compreensão sobre a região e suas culturas antigas.