Em um país de tradição burocrática e positivista como o Brasil, o serviço público muitas vezes se encontra atrelado a uma série de procedimentos e etapas que mais parecem dificultar o funcionamento da máquina do que auxiliar na gestão, apesar de seus pontos positivos. No entanto, uma estratégia de enfrentamento e resolução de problemas vem se colocando como alternativa para mudar esse cenário. Trata-se do Disign Thinking.
Vamos descobrir algumas coisas que você irá aprender no curso de Disign Thinking para serviço público.
O que é o Disign Thinking?
Traduzindo ao pé da letra, o termo: fica pensamento de designe. No entanto, seria melhor traduzido como pensamento criativo. Em resumo, Design Thinking é uma metodologia prática que visa a resolução de problemas de forma simples e criativa. Considerando o momento presente e os recursos, e possibilidades disponíveis.
Sua implementação prevê multidisciplinaridade e a formação de um ambiente que seja propício à criatividade.
Nascido no designe, essa metodologia ganha cada vez mais espaço na gestão, inclusive na administração pública. Com isso, está transformando não apenas o setor, mas também a própria visão dos cidadãos sobre ele.
Para entender um pouco melhor, vamos ler um pouco sobre sua origem.
Os primórdios
Originalmente, o Design Thinking era um método voltado à criação de produtos de designe. Ou seja, tratava-se de um método criativo utilizado por artistas para conceberem seus produtos.
Uma característica que ainda se mantém desde essa época é a sua concepção voltada para a compreensão das necessidades do consumidor. Isso acontecia, pois os designes precisavam criar itens vendáveis, e para isso, eles tinham que ser necessários aos consumidores.
Na década de 1960, href=”https://pt.wikipedia.org/wiki/Design_thinking”>na faculdade de Stanford, alguns professores adaptaram seus princípios para a gestão de empresas. Ao longo dos anos seguintes, o método se aperfeiçoou e ganhou muitos adeptos ao provar a eficácia, principalmente para a resolução de problemas coorporativos.
Como funciona?
Ao se confrontar com problemas, simples ou complexos, a natureza rígida das repartições públicas pode ter graves dificuldades para lidarem e encontrarem soluções.
O Disign Thinking, por sua vez, propõe que os problemas sejam encarados de maneira mais empática, ou seja, colocando a pessoa humana no centro do projeto. Com isso, todas as consequências, soluções e proposições são consideradas conforme o impacto que terão nas pessoas a quem interessa.
Naturalmente, que o processo ainda considera a viabilidade financeira e técnica das possíveis soluções e criações.
O método de Disign Thinking divide-se, basicamente, em 4 etapas. São elas:
• Imersão
• Análise e síntese
• Ideação
• Prototipação
Na imersão, busca-se compreender o problema tanto no ponto de vista específico da situação de um determinado momento de uma instituição, quanto de forma ampla no qual se procura por paralelos na história, motivações sociais e técnicas de sua composição.
A análise e síntese procuram organizar os dados e informações colhidos na fase anterior para compreender o problema de forma mais simples, conjugando as visões das diversas áreas.
Na ideação se concebe o perfil do público, ou seja, da pessoa que será atingida pela solução.
Na última etapa se levanta as possíveis soluções e se considera quais são suas consequências e viabilidade.
Cursos Disign Thinking para serviços públicos
As diversas vantagens que esse processo trás para as buscas e criação de soluções que melhor atendam às pessoas, vem transformando-o em uma prática comum em serviços públicos.
Espalhados pelo país, é possível encontrar cursos que visam o ensino da metodologia aplicada ao trabalho do servidor público. Em São Paulo, um dos cursos mais procurados é o da A FESPSP, Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Fonte: Grupo Editores Blog.