Produção de alimentos será impactada por tecnologia, clima e novas demandas sociais

por Grupo Editores Blog.

O futuro da produção de alimentos está sendo moldado por tendências que já influenciam decisões em governos, empresas e até no dia a dia das cidades. Segundo levantamento da Forbes Agro, fatores como mudanças climáticas, inovação tecnológica e a busca por sustentabilidade serão decisivos para definir como os alimentos serão produzidos e consumidos nos próximos anos. Esses movimentos impactam diretamente políticas públicas e estratégias de planejamento, sobretudo em municípios que desejam se tornar cidades inteligentes.

Cidades inteligentes precisam de soluções que integrem segurança alimentar, produção sustentável e acesso a alimentos saudáveis para todos. Os desafios não são apenas agrícolas. Eles envolvem infraestrutura, gestão pública, incentivos fiscais e uso de dados para mapear e atender às demandas locais. Para auditores fiscais e gestores municipais, acompanhar essas tendências é essencial para planejar políticas que garantam qualidade de vida e crescimento sustentável.

Mudanças climáticas já afetam a produção de alimentos no Brasil

Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, têm sido mais frequentes. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), 2023 foi o segundo ano mais quente da história no Brasil. Isso afetou diretamente lavouras de soja, milho e arroz. A Forbes Agro também aponta que, com o aumento da temperatura média global, será preciso adaptar o calendário agrícola e investir em cultivares resistentes.

Para cidades inteligentes, essa realidade impõe a necessidade de um planejamento territorial que leve em conta o clima e a segurança alimentar. A adaptação climática passa a ser uma prioridade, tanto no campo quanto nos centros urbanos. Ações como hortas urbanas e incentivo à produção local ganham importância nas políticas públicas.

Tecnologia e automação aceleram revolução nos alimentos

A chamada agricultura 5.0 está cada vez mais presente nas propriedades rurais. Ela combina inteligência artificial, drones, sensores e dados em tempo real. Segundo a Embrapa, fazendas que adotam essas tecnologias conseguem aumentar a produtividade em até 20%, reduzindo o uso de água e insumos.

Para gestores de cidades inteligentes, a conexão com o campo precisa ser reforçada. A criação de centros de inovação e o apoio a startups do setor alimentício são caminhos para fomentar essa integração. Além disso, tecnologias aplicadas à logística garantem que os alimentos cheguem de forma mais rápida e segura aos centros consumidores.

Nova geração de consumidores exige mais sustentabilidade nos alimentos

As preferências estão mudando. Um estudo da Nielsen mostra que 73% dos brasileiros preferem produtos sustentáveis, mesmo que custem mais. Essa tendência afeta toda a cadeia de alimentos. Do produtor ao consumidor, há uma exigência crescente por transparência, rastreabilidade e responsabilidade social.

Cidades inteligentes devem considerar essas mudanças em seus planos diretores e políticas de compras públicas. Escolas, hospitais e outros órgãos podem priorizar fornecedores locais e sustentáveis. Isso fortalece a economia regional e melhora a qualidade dos alimentos ofertados à população.

Segurança alimentar será cada vez mais prioridade nas cidades inteligentes

A fome ainda é uma realidade no Brasil. De acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN), mais de 20 milhões de brasileiros vivem em insegurança alimentar grave. Este dado reforça o papel dos municípios na criação de políticas públicas que garantam acesso a alimentos saudáveis e acessíveis.

Cidades inteligentes podem usar dados para mapear vulnerabilidades e otimizar a distribuição de alimentos. Ferramentas digitais ajudam a identificar regiões com maior risco social e alinhar ações com organizações sociais e bancos de alimentos. A inovação precisa estar a serviço da justiça social.

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