Há um século atrás, o Catar, este pequeno país de três milhões de habitantes, era basicamente um humilde assentamento de pescadores e catadores de pérolas, uma terra desabitada no qual grande parte dos moradores eram nômades viajantes. Veja as principais mudanças no Catar!
Entre 1930 e 1940 o país passou por um período de muitas dificuldades econômicas após os japoneses criarem uma forma de cultivar pérolas, o que culminou na ruína da economia do pequeno país.
Foi nessa mesma década que o Catar perdeu algo em torno de 30% da sua população.
As pessoas foram abandonando o país em busca de oportunidades em outros países o que fez com que, na década de 1950, já não houvesse mais de 24 mil habitantes, de acordo dados da ONU.
Catar e o petróleo
O Catar hoje é uma das maiores reservas de petróleo do mundo, fato que explica o rápido enriquecimento do país que, de um pequeno país assolado pela pobreza, se tornou hoje a nação mais rica do mundo, com PIB per capita de US$ 102 mil.
A descoberta do petróleo na região foi o ponto de partida para o desenvolvimento econômico do país, que em um ritmo frenético, tornou seus moradores alguns dos cidadãos mais ricos do mundo.
De acordo com dados divulgados, entre 2003 e 2004, o PIB do Catar passou de uma taxa de crescimento de 3,7% para 19,2%. Já em 2006, a economia do país cresceu 26,2%.
Mudanças no Catar nos últimos 20 anos
Para que o Catar pudesse alcançar o nível de desenvolvimento visto pelo mundo durante a Copa do Mundo, os investimentos em infraestruturas de extração, liquefação e distribuição precisaram ser multiplicados para otimizar suas reservas, resultando em um aumento exponencial das exportações de petróleo.
Em 1996, o Catar realizou a sua primeira exportação de gás para o Japão, dando início a uma indústria multibilionária que elevou o país ao topo da riqueza mundial.
Um dos fatos que chama a atenção sobre o país é que os catarianos são apenas cerca de 300 mil, ou seja, representam em média 10% da atual população de três milhões de habitantes.
Isso se explica pelo fato de que a grande maioria da população do Catar é composta de expatriados. Estima-se que existam sete estrangeiros para cada nativo no país.
Isso na prática significa que a população à qual se destinam os grandes lucros do Estado é uma parcela muito pequena, sendo um facilitador para o abrupto crescimento do PIB per capita da região.
Atualmente, o país exibe com orgulho seus arranha-céus brilhantes e, além de garantir altos salários, também oferece robustez nos sistemas de educação e saúde para a população.
Na chamada Cidade da Educação, foi instalado um enorme campus composto de instituições de ensino americanas, francesas e britânicas com o objetivo de educar sucessivas gerações de catarianos e, futuramente, transformar o país em um centro cultural do mundo árabe.
A educação no país chama a atenção pois, apesar de recente (o sistema formal de educação só existe no país há 60 anos), o índice de analfabetismo na população com mais de 15 anos é de apenas 2,2%, bem abaixo da média mundial, de 13,7%.
Finalmente, além de educação de qualidade e gratuita, o país oferece saúde, garantias de emprego, auxílio financeiro para habitação, água e eletricidade gratuitas, o que faz do Catar um exemplo de gestão de recursos em prol do desenvolvimento da população.
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