O que sua cidade perde por não usar dados na gestão fiscal

por Grupo Editores Blog.

Cidades que ainda não usam dados de forma estratégica na gestão fiscal estão ficando para trás. A tomada de decisões baseada em intuição ou práticas antigas reduz a eficiência e aumenta os riscos. Estudos mostram que governos que adotam a análise de dados conseguem aumentar a arrecadação e reduzir desperdícios. Em um cenário onde cada centavo conta, essa diferença pode ser decisiva.

A pesquisa Data-Smart City Solutions, da Universidade de Harvard, revela que municípios que usam dados com regularidade conseguem responder mais rápido a demandas da população e equilibrar melhor suas finanças. Isso não é apenas uma tendência — é uma exigência das cidades inteligentes, que buscam eficiência, transparência e sustentabilidade fiscal.

Desperdício de recursos é consequência direta da ausência de informações

Sem informações confiáveis, é quase impossível saber onde a arrecadação está abaixo do potencial ou onde os gastos estão mal alocados. Um levantamento do Instituto Rui Barbosa (IRB) apontou que municípios que investem em inteligência fiscal baseada em dados conseguem recuperar até 20% mais em receitas próprias. A falta de dados também impede uma boa análise do comportamento tributário dos contribuintes, o que limita ações preventivas e corretivas.

Nas cidades inteligentes, ferramentas como painéis de controle em tempo real e análise preditiva ajudam a identificar fraudes, atrasos e desvios antes que eles causem impacto. Enquanto isso, cidades que não usam dados vivem “apagadas”, sem clareza sobre o que está acontecendo em sua própria gestão fiscal.

Cidades que usam dados arrecadam melhor e gastam com mais eficiência

Usá-los na gestão fiscal permite visualizar onde o dinheiro entra, onde ele sai e onde poderia estar rendendo mais. Isso ajuda gestores a tomar decisões com base em evidências. Um bom exemplo é o de Curitiba, que desenvolveu um sistema inteligente para fiscalizar imóveis e, com isso, aumentou a arrecadação do IPTU sem elevar a alíquota. Essa prática é comum em cidades inteligentes, que integram dados geoespaciais, fiscais e urbanísticos para melhorar o desempenho da arrecadação.

Outra tendência é o uso de inteligência artificial para prever quedas de receita e planejar contingências. Sem informações, esse tipo de planejamento não é possível, o que deixa a cidade vulnerável a choques econômicos e queda na prestação de serviços públicos.

Falta de dados reduz transparência e confiança da população

Cidadãos estão cada vez mais atentos ao uso do dinheiro público. Quando os dados são abertos e bem apresentados, aumenta a confiança da população. Segundo o Open Data Barometer, cidades que divulgam dados fiscais de forma clara têm maior engajamento dos moradores e mais apoio para ações de ajuste fiscal. Já municípios sem dados acessíveis enfrentam resistência e desconfiança, mesmo quando fazem um bom trabalho.

Em cidades inteligentes, a transparência é prioridade. A gestão fiscal baseada em dados é parte dessa lógica, pois permite prestar contas de forma objetiva e detalhada. Isso fortalece a relação entre governo e sociedade.

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