Você sabe o que é arquitetura generativa? Como o nome sugere, o termo se refere a uma técnica que emprega inteligência artificial para otimizar o planejamento e a construção urbanos.
Sobretudo, considerando a constante transformação urbana, a arquitetura generativa ganha força pela sua habilidade em simular diversos cenários de ocupação espacial com base em parâmetros específicos.
Como a arquitetura generativa é aplicada no cotidiano?
Em polos tecnológicos que atraem grandes empresas do setor, enfrenta-se um desafio considerável no planejamento urbano e no mercado imobiliário, marcado pelo aumento na demanda por moradias e pela elevação dos preços dos imóveis.
Nesse contexto, a arquitetura generativa surge como uma ferramenta valiosa. Funcionando similarmente aos modelos de inteligência artificial de linguagem, como o ChatGPT, ela processa informações sobre o espaço a ser desenvolvido, incluindo a malha de quadras e parâmetros urbanos, para gerar diversas propostas arquitetônicas com base nesses dados.
Um exemplo prático foi percebido em Austin, nos Estados Unidos, com a empresa Cedar Build, que utilizou os zoning codes da cidade como parâmetros em sua plataforma de arquitetura generativa, permitindo identificar todas as possibilidades de empreendimentos para qualquer terreno, desde casas até torres comerciais.
É importante salientar que os zoning codes são códigos de zoneamento utilizados pelas cidades para definir o que pode ser construído e em quais locais.
Aplicabilidade no mercado imobiliário
No desenvolvimento imobiliário, essa tecnologia permite que os desenvolvedores avaliem rapidamente o potencial de um espaço e gerem opções de construção de forma eficiente e fundamentada.
Essencialmente, isso facilita o processo de decisão, fornece visualizações concretas das possibilidades e enriquece as negociações, otimizando a originação de terrenos e tornando as negociações mais estratégicas.
Tecnologia pode ser usada com foco na sustentabilidade urbana
Além dos benefícios citados, a arquitetura generativa pode contribuir para a sustentabilidade urbana.
Ilustrando, ao simular diferentes configurações de construção, é possível maximizar o uso de luz natural, minimizar o consumo de energia e aperfeiçoar a acessibilidade. Esses modelos, especialmente, ajudam a criar ambientes mais eficientes e adaptáveis, que atendem melhor às necessidades ambientais e sociais.
Adicionalmente, a habilidade de testar de forma rápida diversas configurações urbanas antes da implementação efetiva pode diminuir despesas e desperdícios, além de simplificar a consulta pública, permitindo que comunidades participem mais ativamente do processo de planejamento urbano.
Por fim, à medida que a tecnologia avança, é provável que seu uso se torne cada vez mais difundido no futuro, influenciando a maneira como a população e os profissionais envolvidos neste processo compreendem e interagem com os espaços urbanos.
*Com informações de Terracotta