Diferente de outros tipos de impacto ambiental, a poluição sonora não gera resíduos, mas não é por isso que deixa de causar problemas graves. Enquanto a urbanização acelera, tomando grandes proporções, o número de estímulos sonoros também cresce. Buzinas, motores e a própria movimentação das pessoas acabam criando uma atmosfera caótica prejudicial à saúde.
Um consenso entre especialistas
É comprovado que o excesso de barulho pode prejudicar o organismo humano, alterando seu funcionamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) determina que acima dos 50 decibéis, qualquer som pode comprometer a audição da população. Nesse caso, se a exposição a esses ruídos for constante, chega a aumentar o risco de pressão alta, estresse e irritabilidade.
A contribuição da mobilidade sustentável
O conceito de mobilidade sustentável está ligado à busca por eficiência no fluxo de pessoas e materiais. Esse objetivo implica na implantação de uma rede de transportes que considera todos os aspectos ambientais que mudam o ecossistema. Sendo assim, reduzir todos os tipos de poluição, incluindo a sonora. A partir de novas tecnologias em novos produtos e sistemas de informação, cidades mais ecológicas passam a ser organizadas.
Afinal, como reduzir a poluição sonora?
Primeiramente é importante lembrar que a mobilidade sustentável gira em torno de três eixos principais, simplificado no termo ‘’ASI’’: Avoid (evitar viagens com gases poluentes e motores), Shift (otimizar o deslocamento) e Improve (fomentar tecnologias ligadas à mobilidade). Sendo assim, essa disposição ajuda a reduzir a poluição sonora sob as seguintes perspectivas:
- A redução da frota de veículos motorizados ajuda a reduzir consideravelmente o barulho presente em rodovias e ruas movimentadas.
- O planejamento correto das vias com auxílio de uma rede de informações, permite que o fluxo de automóveis aconteça de forma mais segura, tranquila e sem confusões. Por exemplo, um aplicativo que orienta os motoristas sobre os melhores trajetos, reduz de forma significativa engarrafamentos e até brigas.
- Quanto à infraestrutura, preparar uma cidade com ciclovias e estações de recarga para transportes elétricos ajuda a incentivar o uso de alternativas de locomoção verde.
- Sensores ligados a uma central de monitoramento podem identificar se os ruídos estão ultrapassando o limite mínimo previsto pelos especialistas. Nesse caso, é possível ter dimensão do impacto real dos barulhos na saúde dos indivíduos.