Os ciberataques contra infraestrutura urbana representam uma das maiores ameaças à gestão pública moderna, com o Brasil registrando 314,8 bilhões de tentativas de ataques apenas nos primeiros seis meses de 2025. Ou seja, gestores públicos enfrentam uma guerra digital sem precedentes, onde 84% de todos os ataques na América Latina e Canadá têm como alvo cidades e organizações brasileiras.
Além disso, os dados mostram que o país teve uma média de 2.831 ataques cibernéticos por semana em organizações brasileiras, com aumento de 21% em relação ao ano anterior. Dessa forma, a proteção da infraestrutura urbana se tornou prioridade estratégica para auditores fiscais e gestores públicos, especialmente considerando que os crimes virtuais aumentaram 408% entre 2018 e 2024, alcançando 4 golpes por minuto.
Cenário devastador dos ciberataques no Brasil
A dimensão dos ataques digitais contra o Brasil revela números alarmantes que impactam diretamente a gestão urbana. Em outras palavras, entre as 314,8 bilhões de tentativas registradas no primeiro semestre de 2025, 41,9 milhões foram relacionadas à distribuição de malwares e 1 bilhão de ataques de força bruta.
Logo, setores críticos da infraestrutura urbana são os mais visados: telecomunicações móveis sofreram 170.637 ataques, provedores de infraestrutura de hospedagem registraram 32.817 ataques, bancos comerciais enfrentaram 6.575 ataques e o transporte rodoviário de cargas foi alvo de 6.218 ataques. Então, esses números demonstram que hackers priorizam serviços essenciais das cidades brasileiras.
Sustentabilidade econômica: alto custo dos ciberataques
Por fim, os prejuízos financeiros dos ciberataques comprometem a sustentabilidade das políticas públicas. Dessa maneira, em Minas Gerais, ataques cibernéticos causaram prejuízos de R$ 5,8 milhões nos últimos meses, evidenciando o impacto direto na infraestrutura urbana e serviços públicos essenciais.
Além disso, casos como o ataque de ransomware ao Grupo Jorge Batista no setor de saúde, com prejuízo estimado em R$ 400 milhões, mostram a vulnerabilidade das organizações. Ou seja, auditores fiscais devem considerar que investimentos em cibersegurança representam economia significativa comparados aos custos de recuperação pós-ataque.
Gestão de riscos e preparação contra ciberataques
Dessa forma, gestores públicos precisam entender que o Brasil é o maior alvo de ataques DDoS na América Latina, com 550.550 ataques registrados no primeiro semestre de 2025. Logo, São Paulo lidera nacionalmente com 1.744 ocorrências por 100 mil habitantes, exigindo estratégias específicas para grandes centros urbanos.
Então, pesquisa da Grant Thornton Brasil revela que 79% das empresas se sentem mais expostas a ataques cibernéticos, mas apenas 44% da alta administração está envolvida em medidas de defesa. Em outras palavras, há uma lacuna crítica entre a percepção do risco e a implementação de soluções efetivas.
Estratégias de proteção da infraestrutura urbana
Para auditores fiscais, recomenda-se priorizar investimentos em cibersegurança considerando que a taxa nacional alcançou 1.019 ocorrências por 100 mil habitantes. Dessa maneira, é possível justificar gastos preventivos comparando-os aos prejuízos potenciais demonstrados pelos R$ 5,8 milhões perdidos apenas em Minas Gerais.
Além disso, gestores devem implementar protocolos de segurança integrados que protejam simultaneamente telecomunicações, sistemas bancários, transporte e infraestrutura de hospedagem digital. Por fim, a criação de centros de monitoramento 24 horas e treinamento contínuo de equipes são medidas essenciais para reduzir a vulnerabilidade urbana aos 2.831 ataques semanais que o país enfrenta.