Cidade muda de lugar na Suécia e acende alerta sobre riscos 

por Grupo Editores Blog.

É difícil imaginar que uma cidade inteira possa mudar de lugar. Mas foi exatamente isso que aconteceu com Kiruna, na Suécia. A cidade precisou ser transferida de localização por causa dos impactos causados pela mineração de ferro, principal atividade econômica local. Com o solo ficando instável, houve risco para moradores e prédios históricos. O governo optou, então, por realocar a cidade em etapas, preservando o que fosse possível da cultura e da arquitetura original.

Esse caso chamou a atenção de gestores públicos do mundo todo. Afinal, como uma cidade inteligente lida com um desafio tão complexo? A resposta passa por planejamento urbano, diálogo com a população e, principalmente, pela capacidade de antecipar riscos. O caso de Kiruna pode servir de alerta para outras cidades que enfrentam ameaças ambientais ou estruturais. E o Brasil, infelizmente, também tem motivos para se preocupar.

Situação parecida já aconteceu em outros lugares

Kiruna não é o único exemplo de uma cidade que mudou de lugar. No Egito, a cidade de Abu Simbel precisou ser movida nos anos 1960 para evitar que ficasse submersa após a construção da represa de Assuã. Na China, milhões de pessoas foram realocadas por causa da represa de Três Gargantas. Em todos os casos, houve grandes impactos sociais, culturais e econômicos.

Esses lugares mostram como a força da natureza ou a ação humana podem forçar decisões drásticas. Em países com planejamento mais moderno, como em cidades inteligentes, há mais chance de mitigar danos. No entanto, o deslocamento de cidades continua sendo um enorme desafio, mesmo nos países mais desenvolvidos.

Brasil também pode passar por mudanças assim

O Brasil enfrenta diversos riscos que, em um futuro não tão distante, podem exigir o deslocamento parcial ou total de comunidades inteiras. Um dos maiores motivos são as enchentes, cada vez mais frequentes com as mudanças climáticas. Em 2024, o Rio Grande do Sul e o Acre viveram situações críticas que deixaram bairros inteiros debaixo d’água.

Além das enchentes, o avanço da mineração, o risco de deslizamentos e o aumento do nível do mar são outros fatores preocupantes. Cidades costeiras como Recife e São Luís já apresentam sinais de erosão e avanço das marés. A questão é: será que o Brasil está preparado para tomar decisões como a de Kiruna?

Planejamento urbano é chave para evitar tragédias

Para que um lugar não precise ser abandonado às pressas, é essencial investir em planejamento. As cidades inteligentes usam tecnologia para prever riscos e proteger vidas. Isso inclui monitoramento de encostas, controle de cheias e fiscalização de atividades econômicas como mineração e construção civil.

O caso de Kiruna mostra que, com organização e visão de longo prazo, é possível preservar a identidade de um lugar mesmo diante de grandes mudanças. O Brasil precisa olhar para esses exemplos e adaptar suas políticas públicas.

Cidades inteligentes são aliadas na prevenção de deslocamentos

As cidades inteligentes não apenas evitam tragédias, mas também constroem soluções. Com sensores, inteligência artificial e participação da população, é possível tomar decisões mais seguras. Evitar que um lugar se torne inabitável depende de escolhas feitas hoje. A tecnologia está aí, mas é preciso vontade política e investimento.

 

Crédito da imagem: rundgren

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