A capacitação catalisando a eficiência da gestão pública.

por Grupo Editores Blog.

 

A sociedade vivencia mudanças muito rápidas em diversas frentes: comportamentais, sociais, econômicas, na forma de produção e distribuição de mercadorias e serviços.

 

Nesse processo o elemento fundamental que permite essa rápida evolução é a capacitação das pessoas envolvidas nesse processo.

 

A capacitação abrange aspectos de formação educacional tradicional oferecidas pelas escolas públicas e privadas a partir da primeira infância até a educação e o aprendizado continuados que jovens e adultos devem realizar para uma melhor adequação às exigências do trabalho profissional.

 

Mas se a sociedade muda em uma velocidade elevada, o que podemos dizer sobre a administração pública no Brasil?

 

Por circunstâncias históricas e legais, a administração pública apresenta uma velocidade de mudança menos acentuada que a vivenciada pelo mercado privado, além de desigualmente distribuída entre os diversos setores da administração. Ao lado de universidades de ponta e centros de pesquisa parelhos aos internacionalmente reconhecidos por sua capacitação temos escolas materialmente deterioradas com professores aviltados em sua formação e remuneração expulsando os contingentes de jovens que fazem da sua ascensão na delinquência o valor de seu reconhecimento e ascensão nos ambientes sociais em que convivem. Ao lado de setores esquecidos da administração, como as Policias Estaduais e outros temos uma nova geração de operadores do direito, na Policia Federal, nos Tribunais de Contas, Ministério Público, Magistratura com altíssimo grau de capacitação e permeabilidade ao controle social nos enche, a todos, de esperança em um pais moderno, justo e democrático.

 

O caminho está dado. Capacitação, autonomia técnica e controle social da administração pública são caminhos seguros de progresso social que nos falta ser efetivamente distribuído pelos setores da administração pública ao quais a sociedade outorga competências.

 

E o que seria o elemento fundamental para que a administração pública possa analisar, planejar e oferecer soluções e encaminhamento para as novas demandas da sociedade?

 

No caso da administração tributária, obviamente que a resposta seria a CAPACITAÇÃO constante de sua mão de obra. Mas nessa etapa percebemos o grande desafio. Afinal, tradicionalmente, o administrador público compreende que “modernizar” a gestão é simplesmente licitar máquinas e programas de computador de última geração.

 

Será que é só isso? Com certeza não. A grande questão é o nível de conhecimento técnico dos profissionais que irão operar essas máquinas e equipamentos. E se tais equipamentos e programas estão aquém ou além da atual capacitação dos técnicos da administração pública.

 

Essas perguntas nem sempre são formuladas pelo administrador público e quando o são se resume em oferecer atividades de capacitação de forma não constante, desalinhada com as novas necessidades do servidor e o pior sem nenhum alinhamento com as novas COMPETENCIAS TÉCNICAS que a sociedade exige da administração pública.

 

Independente das máquinas, programas ou ferramentas que a administração pública, o grande diferencial que ela deverá contar na sua estratégia de eficiência é o nível de qualidade da sua mão de obra.

 

E como devemos pensar na estratégia de capacitação para promover a maximização do resultado para alcançar a sonhada eficiência na administração pública?

 

Deve-se primeiro analisar as competências técnicas que a sociedade exige da administração pública, avaliar o que o colaborador já possui consigo e por fim oferecer eventos de capacitação ao colaborador para que ele possa disseminar e/ou alinhar seu conhecimento com as competências exigidas pela sociedade. Num processo contínuo interminável de aprendizado e aplicação de conhecimento.

 

A teoria é simples, o grande problema é a VIDA PRÁTICA, afinal, usamos modelo de gestão pública do século XIX, com profissionais forjados no século XX e que precisam atender a cidadãos do século XXI

 

Um desafio nada fácil, mas que vale a pena ser perseguido!

 

Autores: Vanessa de Oliveira Lima e Editon Volpi Gomes.

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